domingo, 5 de agosto de 2012

O Porto em 1913


Ver o Porto! Ver o Porto é evocar certa forma de cidade escondida que conservamos dentro de nós, densa, impenetrável, como a neblina envolvendo as manhãs e fundindo o rio com os cais e os barcos. Ilusão de sombras irreais. Transparências. Crepúsculos caindo, suaves, recortando a leveza das pontes, a elegância das torres, os contornos do casario. (...) É a descoberta dos segredos de uma cidade impregnada de espontânea e assumida identidade (Helder Pacheco, 1997).

Muitas vezes tentei imaginar como seria a vida na cidade do Porto e dos seus habitantes há 100 anos atrás. As suas rotinas, os seus passatempos, a sua forma de vestir, os locais que visitavam. A Cinemateca Portuguesa conseguiu, com a recuperação deste fantástico filme datado de 1913, trazer até nós o quotidiano dos portuenses no início do século XX. Uma memória viva que nos permite recuar no tempo, visitar lugares, observar momentos e sentir sensações que há muito são passado. Quem disse que não podemos regressar ao passado?





Nota: Este filme faz parte do espólio digital da Cinemateca Portuguesa

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