tag:blogger.com,1999:blog-70428942504631615532024-03-06T00:15:19.396+00:00Calçada da MiquinhasCalcorrear as calçadas do passado ajuda-nos a percorrer o caminho do presente.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.comBlogger96125tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-50373873863835227062014-05-04T20:33:00.000+01:002014-05-04T22:44:24.241+01:00Um dia não chega!<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV5GMk8uGoCl4CJHARr5sfepWdN8kviGWF2fSOL4htECyM71JliiObyp5sP3ANb5yJ5sawn3HG4Zm5x10l6swiYGaFSP9rzCN_ypMsKsKsJdrvys5yeX0NqqrKKqhgnV2gwKZHgV-pui4/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV5GMk8uGoCl4CJHARr5sfepWdN8kviGWF2fSOL4htECyM71JliiObyp5sP3ANb5yJ5sawn3HG4Zm5x10l6swiYGaFSP9rzCN_ypMsKsKsJdrvys5yeX0NqqrKKqhgnV2gwKZHgV-pui4/s1600/1.jpg" height="320" width="256" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A Mãe </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">podia ser só minha. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas tenho de a emprestar </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">a tanta gente…</span></i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">(</span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Luísa
Ducla Soares, Poemas da Mentira e da Verdade)</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">. Esta frase tem tanto de deliciosa como de verdadeira.Hoje festeja-se o dia da mãe. Nunca dei muita importância a estes dias de festejo programado, em que parece que temos todos obrigação de homenagear alguém ou alguma coisa. Um dia não chega para homenagear, lembrar ou acarinhar alguém e muito menos uma mãe. Mas é interessante descobrir o que está pode detrás destes dias festivos, que são mundialmente lembrados. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Desde sempre o homem homenageou a divindade feminina e o seu culto remonta ao inicio da nossa história. O culto à Deusa Mãe que já era feito na Pré-história, através da adoração de pequenas estatuetas que representavam a mulher, prolonga-se no Reino da Frígia <span style="font-size: x-small;">(era o nome da região centro-oeste na antiga Àsia Menor -Anatólia, na actual Turquia, famoso pelos seus Reis lendários que povoaram a mitologia grega) </span>e alicerça-se posteriormente nas civilizações romanas, egípcias e da Babilónia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitBKoQJwvY55DU3HMXINaWayVmv4QMwpf128apjRrkby9auW1D3X005dlkasvGCHfuap-jMyMJ3mMLPKIZFR399WmfE0ewfyoHxYSN0cHItRz1jp81XhFfvkmIzDnx6R5o3sb5oiFGyUQ/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitBKoQJwvY55DU3HMXINaWayVmv4QMwpf128apjRrkby9auW1D3X005dlkasvGCHfuap-jMyMJ3mMLPKIZFR399WmfE0ewfyoHxYSN0cHItRz1jp81XhFfvkmIzDnx6R5o3sb5oiFGyUQ/s1600/2.jpg" height="200" width="140" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O mais antigo registo de comemoração do dia da mãe, chega-nos da antiga Grécia. As comemorações da chegada da Primavera eram feitas em honra da Deusa Rhea, designada como a Mãe de todos os Deuses do Olimpo. Na mitologia romana, é designada como Cibele, uma das manifestações da Deusa Mãe - Magna Mater, e as cerimónias em sua homenagem começaram cerca de 250 anos antes de Cristo, e duravam 3 dias, de 15 a 18 de Março. Estas celebrações foram posteriormente adoptadas pela Igreja Católica, passando a ser venerada Maria, a mãe de Jesus.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No século XVII, em Inglaterra, no quarto domingo da Quaresma <span style="font-size: x-small;">(40 dias antes da Páscoa) </span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">era costume os ingleses visitarem a sua Igreja local a chamada Igreja Mãe, ou a Catedral mais próxima, para iniciarem as festividades da Quaresma. Este dia </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">foi também posteriormente dedicado às Mães, sendo denominado Mothering Day, e todos aqueles que podiam visitavam as suas mães, oferecendo o tradicional Mothering cake. É curiosa a mistura que ao longo dos tempos se foi fazendo entre a mãe da Igreja e as próprias mães.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy8bIFoDrlRhyphenhyphen0EztKOXD61JUG_yIbHaZDpqXS3AJUygV1KI8EV6x7ehvade1kEUjtbZDsAWDrYv-xDTmNToZvku6TfN4-6wM1J2ffRDH2NARQjKSEvJYX5cC92gaWUqSuEJ6B6VMjKUg/s1600/4.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy8bIFoDrlRhyphenhyphen0EztKOXD61JUG_yIbHaZDpqXS3AJUygV1KI8EV6x7ehvade1kEUjtbZDsAWDrYv-xDTmNToZvku6TfN4-6wM1J2ffRDH2NARQjKSEvJYX5cC92gaWUqSuEJ6B6VMjKUg/s1600/4.jpg" height="200" width="200" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mais recentemente em 1872, uma norte-americana de nome Julia Ward Howe, famosa abolicionista, activista social e poetisa, autora do Hino da Batalha da República </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">da Guerra da Secessão Americana</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">(cantado posteriormente por diferentes cantores e bandas, incluindo </span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Judie Garland,</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"> os Stryper, e os Smiths)</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">, sugeriu a criação de um dia das Mães, dedicado à Paz. Em Boston, durante vários anos celebrou o dia da Mãe, no segundo domingo de Junho. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJRpwOtPjtCBm_lsvVqPuY7cP7MEZXu4IB5nX5TGOhOX1uhfcsa-nnN0xuNkHwQoARsrnMkeedAD0U4e4O5Zv-MikqyvjWmNqBU6a7x4ZyIsas-vh-YRjoBISxa7BStTey_Gmh7YLd9nk/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJRpwOtPjtCBm_lsvVqPuY7cP7MEZXu4IB5nX5TGOhOX1uhfcsa-nnN0xuNkHwQoARsrnMkeedAD0U4e4O5Zv-MikqyvjWmNqBU6a7x4ZyIsas-vh-YRjoBISxa7BStTey_Gmh7YLd9nk/s1600/3.jpg" height="177" width="320" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas foi outra norte americana, de nome Ana Jarvis, natural da Virgínia
Ocidental, que instituiu o Dia da Mãe. Em 1905, ano em que morre a sua mãe, decide organizar uma festa, cujo simbolo era um cravo branco, p</span>ara perpetuar a sua memória<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">. Posteriormente quis que a festa fosse estendida a todas
as mães, vivas ou mortas, com um dia em que todas as crianças se lembrassem e
homenageassem as suas mães. A primeira celebração oficial ocorreu </span>no dia 26 de Abril de 1910, quando o governador de
Virgínia, William E. Glasscock, incorporou o Dia da Mãe no calendário de
datas comemorativas do Estado. Outros estados norte-americanos rapidamente aderiram à comemoração, e em 1914, o então
presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson, unificou a
celebração em todos os Estados, decretando, por sugestão de Anna Jarvis, que o Dia da Mãe deveria ser
comemorado no segundo domingo de Maio. Actualmente mais de 40 países festejam o dia da Mãe nesta data. Portugal recentemente adoptou este dia, deixando cair o 8 de Dezembro, tradicionalmente considerado entre nós como o dia da Mãe. </span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas um dia é curto...demasiado curto para permanecer na nossa memória. Nada melhor do que palavras para serem eternas:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mãe não tem limite,<br />
é tempo sem hora,<br />
luz que não apaga<br />
quando sopra o vento<br />
e chuva desaba,<br />
veludo escondido<br />
na pele enrugada,<br />
água pura, ar puro,<br />
puro pensamento.</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(...)<br />
Mãe, na sua graça,<br />
é eternidade.<br />
(...)<br />
Fosse eu Rei do Mundo,<br />
criava uma lei:<br />
Mãe não morre nunca,<br />
mãe ficará sempre<br />
junto de seu filho<br />
e ele, velho embora,<br />
será pequenino<br />
feito grão de milho.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">(Carlos Drummond de Andrade)</span></div>
</div>
<span style="line-height: 115%;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><br /></span></div>
<span style="line-height: 115%;">
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<i><o:p></o:p></i></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-40537075844024213312014-05-01T00:14:00.003+01:002014-05-01T00:24:29.028+01:00A liberdade de leitura<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 18.399999618530273px;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbxEqgWZOCKvMm-2wNg9S0R_n3GUDTd5gqVadDeh7OWjSKGIomTfBwrWQg9XUVwxrcBFbNHm0tknKoxYT3K6aYzrbsO16yobKad7M0u3sXD0SLtPcLOp3r9D-rC_3vL7a5DgGaluFgqe0/s1600/4.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbxEqgWZOCKvMm-2wNg9S0R_n3GUDTd5gqVadDeh7OWjSKGIomTfBwrWQg9XUVwxrcBFbNHm0tknKoxYT3K6aYzrbsO16yobKad7M0u3sXD0SLtPcLOp3r9D-rC_3vL7a5DgGaluFgqe0/s1600/4.jpg" height="192" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 18.399999618530273px;">Ler é uma das mais belas ocupações humanas...abrir um livro, fixar o olhar na primeira folha e iniciar a viagem pelo mundo das palavras é magnífico! Adoro perder-me num livro. Desligar-me de tudo o que me rodeia, e sentir cada palavra, cada frase, cada descrição que me é oferecida. Sentir as emoções, viver os sentimentos, ouvir cada barulho, distinguir cada aroma e deixar-me ir através dos diferentes mundos que o livro me proporciona. Não existem impossíveis nos livros. Olhar para uma estante repleta de livros é como entrar numa máquina do tempo. Com o movimento da minha mão posso dar comigo na Grécia Antiga pegando na <i>Apologia de Sócrates</i> escrito por Platão, rapidamente passar para uma viagem ao futuro folheando <i>Ao encontro com Rama</i> de Arthur C. Clarke, como parar no tempo presente ao ler o <i>Ensaio sobre a Cegueira</i> de Saramago. Cada livro é um presente repleto de conhecimento. Todos os livros deixam a sua marca. Como escreveu Imre Kertesz <span style="font-size: x-small;">(escritor húngaro de origem judaica, Nobel da Literatura em 2002)</span><i> a</i></span></span><i style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;"> quantidade de livros que dormem em mim, bons e maus, de qualquer tipo. Frases,
palavras, parágrafos, versos, que, à semelhança de inquilinos inquietos, voltam
bruscamente à vida, errando solitariamente ou entoando na minha cabeça
conversas brutais que eu sou incapaz de silenciar.</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;"> </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm5QDP-T_J6V7XLGqBtnmzAEYGeHcl328UuqPxRLcNHcU2KCXb7SYVW2h4N-qihyBNkiXEqnMX9msXtEJARQlpiVVMkdb1XWljBiKFr0vZ-aRIj8vn0c-N-370UD_u4DlLY4MFz8lv3Lg/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm5QDP-T_J6V7XLGqBtnmzAEYGeHcl328UuqPxRLcNHcU2KCXb7SYVW2h4N-qihyBNkiXEqnMX9msXtEJARQlpiVVMkdb1XWljBiKFr0vZ-aRIj8vn0c-N-370UD_u4DlLY4MFz8lv3Lg/s1600/1.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 18.399999618530273px;">Mas o simples acto de escolher um livro para ler, que agora nos parece banal, foi durante muitos séculos, um acto perigoso. Até à Idade Média, existiam muito poucos livros e aqueles que existiam, escritos em latim, estavam na posse de uma elite restrita, da qual faziam parte o clero e alguns elementos da nobreza, dado que a maior parte da população mundial era analfabeta. Em 1517, com a reforma protestante iniciada por Martinho Lutero, e com a tradução de alguns livros, entre eles a Bíblia, para as línguas que eram faladas em diferentes países europeus, os livros começaram a ser divulgados e com eles deu-se o inicio da alfabetização das populações. O conhecimento espalhou-se rapidamente através das palavras escritas. Ideias novas e opiniões divergentes começaram a ser escritas e lidas. Uma população com conhecimento é difícil de dominar e era necessário por isso controlar a informação. Em 1559, o Papa Paulo IV, promulgou o </span><i>Index Librorum Prohibitorum,</i> o chamado Índice dos Livros Proibidos, que consistia numa lista de publicações literárias consideradas pela Igreja Católica como perigosas e como tal proibidas. O </span><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">redactor principal do Índice dos Livros Proibidos que foi usado por toda a Igreja dependente de Roma durante mais de 400 anos, foi um frade português de nome Francisco Foreiro <span style="font-size: x-small;">(1522-1581)</span>. Todas as obras literárias eram assim sujeitas à censura da Igreja. Após avaliação poderiam ou não obter a informação de </span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>nihil obstat</i> que significa nada
impede, e após o qual obtinham o carimbo de o <i>imprimatur</i> ou seja, deixe
ser impresso. Quem </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ousasse possuir as obras proibidas corria o risco de ser julgado pelos Tribunais
da Inquisição como herege. Quem escrevesse livros que posteriormente fossem considerados perigosos poderia correr o risco de ser ser condenado à morte, tal como aconteceu a Giordano Bruno em 1600.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">Entre 1559 e 1966, altura em que foi abolido pelo Papa Paulo VI, mais de 4000 </span><span style="line-height: 18.399999618530273px;">títulos</span><span style="line-height: 115%;"> fizeram parte desta triste lista. Figuraram nela nomes como </span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Maquiavel,
Galileu, Kepler, Descartes, Voltaire, Victor Hugo e Jean-Paul Sartre. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDUbDwVSZTi9tQmjVLgpzp15PANYphZ_3ERN_OKZbqKKefiYxyQcTfR3tj2QrN0scEOe3PVvcXq859XGPpWxOXtsMTT8NVj82q48_IhC6y1-FXynFZ3uP0CgZZdo_kAQkoblnHUPPITYM/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDUbDwVSZTi9tQmjVLgpzp15PANYphZ_3ERN_OKZbqKKefiYxyQcTfR3tj2QrN0scEOe3PVvcXq859XGPpWxOXtsMTT8NVj82q48_IhC6y1-FXynFZ3uP0CgZZdo_kAQkoblnHUPPITYM/s1600/3.jpg" height="209" width="320" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Actualmente ainda existem livros considerados perigosos, para as diferentes religiões e para os diferentes estados. Livros como Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley, foi banido de algumas bibliotecas dos EUA por dar a impressão de que o sexo promíscuo é legal; os livros da saga Harry Potter foram banidos dos Emirados Arabes Unidos e sofreu o protesto de lideres religiosos do Brasil e dos EUA, por incentivarem a bruxaria; Alice no País das Maravilhas, foi banido na China, por dar aos animais as mesmas qualidades dos humanos, colocando-os assim ao mesmo nível...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tristes aqueles que se sentem ameaçados por palavras escritas. Como disse Unamuno <i>l</i></span><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>er
muito é um dos caminhos para a originalidade; uma pessoa é tão mais original e
peculiar quanto mais conhecer o que disseram os outros.</i> E é tão bom ser diferente e original!!</span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-9995838783563933712014-04-25T22:40:00.003+01:002014-04-29T14:50:04.876+01:00Revolução: repetição ou mudança?<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXFZAaBup_iyyc-062bNzWlbYx1uc3oBHfihe_SxBLaU2Fpj1deprVQO61YFkQyY9YQ7hxNIemvFQpIDY_975x6fqKMnQ111HG2jpixxJsokXA4M-TRySUkxbfxm92mzjg3_rxA38amzE/s1600/5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXFZAaBup_iyyc-062bNzWlbYx1uc3oBHfihe_SxBLaU2Fpj1deprVQO61YFkQyY9YQ7hxNIemvFQpIDY_975x6fqKMnQ111HG2jpixxJsokXA4M-TRySUkxbfxm92mzjg3_rxA38amzE/s1600/5.jpg" height="70" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A palavra revolução, anda actualmente na boca de toda a gente. E quando pensamos em revolução, associamos logo a movimentos políticos, a lutas sociais, a confrontos nas ruas e a momentos de grande tensão.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp_zf31-DZ-yFOu6bDGI-zOVG0A0MLzbeWAxGCGFOfNN3IwjlXrnrkHMi9DBAGymKn_QmayZe11iGy3WtKkgCFaldtJg1k55OLxF8XT89_TNyFs8bzSebKI5ZW8EnnvSU1CxuS66357yY/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp_zf31-DZ-yFOu6bDGI-zOVG0A0MLzbeWAxGCGFOfNN3IwjlXrnrkHMi9DBAGymKn_QmayZe11iGy3WtKkgCFaldtJg1k55OLxF8XT89_TNyFs8bzSebKI5ZW8EnnvSU1CxuS66357yY/s1600/1.jpg" height="200" width="118" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No entanto a palavra revolução é <i>uma palavra antiga para uma ideia moderna </i></span><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(Dicionário da Filosofia Moral e Politica</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">)</span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">. Originalmente o termo revolução era usado na astronomia, para designar o movimento cíclico</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> das estrelas, cujos trajectos se repetiam, impelidos pelas irresistíveis e potentes forças gravitacionais. Foi este o termo usado por Copérnico, para designar o movimento cíclico dos planetas em volta do Sol, como se pode confirmar pelo titulo da sua maior obra escrita: "Da Revolução das Orbes Celestes" que foi editado em 1543, em 6 volumes. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><o:p></o:p></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como metáfora politica era utilizada desde a Antiguidade Clássica, para definir a recorrência dos regimes, forçados a regressar sempre às mesmas formas de governar </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;">(Dicionário da Filosofia Moral e Politica</span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;">)</span>.</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Esta definição etimológica da palavra revolução, mantém-se até ao século XVII, quando se dá a primeira revolução constitucional em Inglaterra, a chamada Gloriosa Revolução <span style="font-size: x-small;">(1688-1689)</span>, a partir da qual a Coroa Britânica ficou dependente do Parlamento, evitando deste modo o absolutismo monárquico. </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAMnjpHvswcOsAWzcUUK0ehbpPCoxltaGg3vsHdL6KHA3V39ZXtN6kL0G5aHGY4Ca-GKEY2Bsze-AzX674-xz6ofzdCJLZF1w7sQeYw9QYa5HHyHv6kVjOee84lZaJZNnsOj_RV98d4DQ/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAMnjpHvswcOsAWzcUUK0ehbpPCoxltaGg3vsHdL6KHA3V39ZXtN6kL0G5aHGY4Ca-GKEY2Bsze-AzX674-xz6ofzdCJLZF1w7sQeYw9QYa5HHyHv6kVjOee84lZaJZNnsOj_RV98d4DQ/s1600/3.jpg" height="158" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi133JeI83yq4wHtdWKr_c2j3Ug15hTcV34WzSqEPFct4NTRBlzoot3Dw51yLUxa7x1CTwNgAJTRAo7oYVQ2kt9TvQQbxjRLYXxvUQYJ6XVmJGkBgvFRr01hTT7uX7-8ZGYeZHynLCBd44/s1600/4.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi133JeI83yq4wHtdWKr_c2j3Ug15hTcV34WzSqEPFct4NTRBlzoot3Dw51yLUxa7x1CTwNgAJTRAo7oYVQ2kt9TvQQbxjRLYXxvUQYJ6XVmJGkBgvFRr01hTT7uX7-8ZGYeZHynLCBd44/s1600/4.jpg" height="101" style="cursor: move;" width="200" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Com as revoluções americana <span style="font-size: x-small;">(1776)</span> e francesa <span style="font-size: x-small;">(1789-1799)</span>, no século XVIII, o significado da palavra revolução altera-se definitivamente, passando a ter o significado oposto do inicial. Revolução passa então a representar a ruptura com o modelo anterior, a mudança profunda, a alteração. A ideia da revolução como ruptura libertadora é reiterada no século XIX, que recupera da antiga definição o sentido de irresistibilidade e movimento </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;">(Dicionário da Filosofia Moral e Politica</span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;">)</span>. Segundo Karl Marx </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">as revoluções são as locomotivas da história</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">, dando assim ênfase ao sentido de mudança da palavra.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRN74Wmr5Ez7mPad2FYAbZ9rh3H5o7flb47BesDph8Xve9JZPvTNz_nyHbo6IrIIfip6OitH5QlMHfFQcJu_jig591ytItsQSuLNePvHRHke9uCDWDo8VeNcGFMO5sQyhhBjwijEo9Ji8/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRN74Wmr5Ez7mPad2FYAbZ9rh3H5o7flb47BesDph8Xve9JZPvTNz_nyHbo6IrIIfip6OitH5QlMHfFQcJu_jig591ytItsQSuLNePvHRHke9uCDWDo8VeNcGFMO5sQyhhBjwijEo9Ji8/s1600/2.jpg" height="170" width="200" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por isso é preciso ter cuidado quando utilizamos a palavra revolução, pois em diferentes contextos podemos estar a dizer que andamos às voltas e acabamos sempre no mesmo sítio, ou que mesmo a andar às voltas vamos acabar num sitio completamente diferente. Eu por mim sou sempre defensora da mudança, logo da revolução associada ao mês de Abril!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-42944036945623254812013-04-04T00:25:00.000+01:002013-04-04T00:25:01.762+01:00Um pequeno obstáculo<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGShPSPw6kfrMBvPpiBAOtOh4pdFSrncMoMyB8iGU09Meiy0vnuCstFydP5yZAkqlKZ8S9alfmthpTdkgZY3Q-iIuj_U07DVNEdnvNQgZNz-X52hb1WekR7ZSDbcP9NSR2E9aRGoD1pbU/s1600/5.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGShPSPw6kfrMBvPpiBAOtOh4pdFSrncMoMyB8iGU09Meiy0vnuCstFydP5yZAkqlKZ8S9alfmthpTdkgZY3Q-iIuj_U07DVNEdnvNQgZNz-X52hb1WekR7ZSDbcP9NSR2E9aRGoD1pbU/s1600/5.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Há muito tempo que não escrevia...há momentos que nos fazem parar mesmo que a vontade não seja essa. Não foi por falta de tempo...esse tinha e tenho em excesso, mas o meu pensamento estava bloqueado, primeiro com a perspectiva de fazer uma cirurgia e depois pela imobilidade e incapacidade provocadas pela situação. Uma paragem forçada, uma alteração repentina na azáfama do dia a dia, fez com que as ideias desaparecessem. Uma incapacidade temporária provocada por uma lesão na mão esquerda fez-me travar a fundo. Uma hora num bloco operatório e de repente tenho pela frente uns meses de recuperação. Uma simples alteração num dos tendões e num pequeno nervo da mão, transformou a minha vida e a vida de quem me rodeia. Desencadeou uma avalanche de sensações e sentimentos, ao mesmo tempo que vinha acompanhada de vários pequenos obstáculos que tinham que ser superados. Mas, como disse Albert Einstein, as <i>dificuldades e obstáculos são fontes valiosas de saúde e
força para qualquer sociedade</i>, e acrescento eu, para qualquer indivíduo. E por isso cá estou novamente a tentar retomar o que tanto gosto de fazer. Procurar nos baús da história e em </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">poeirentos </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">livros repletos de magia, as tradições, os costumes e as descobertas que fizeram de nós o que actualmente somos. Tendo sido sujeita a uma intervenção cirúrgica dei por mim a pensar que num passado não muito longínquo, tudo era muito diferente. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQkigCGqDwSZjS8wMCQGgsFiLfuJemI_yuT4Tu5zfOaddhdovPs43VUU1qoFMvwo_X3zx3JbguPZOKOSFF4DtZ-qbWTl79skGPigUUdSjqUo1gr74ONlIyjUNhIwNxZNIJcbHfdq81ntU/s1600/6.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="305" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQkigCGqDwSZjS8wMCQGgsFiLfuJemI_yuT4Tu5zfOaddhdovPs43VUU1qoFMvwo_X3zx3JbguPZOKOSFF4DtZ-qbWTl79skGPigUUdSjqUo1gr74ONlIyjUNhIwNxZNIJcbHfdq81ntU/s320/6.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na Idade Média a cirurgia, era considerada uma actividade pouco nobre, pelo que era praticada por indivíduos</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> sem nenhuma formação académica, os chamados cirurgiões-barbeiros, que executavam apenas a limpeza de pequenas feridas e lesões externas, extracção de dentes e outras pequenas intervenções. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A palavra <i>Cirurgia </i>provém
do latim<i> chirurgia, </i>que teve por sua vez origem na palavra grega </span><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">kheirourgia</span></i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> <span style="font-size: x-small;">(</span></span><span style="font-size: x-small;"><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">kheír, </i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">que significa </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">mão e</span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;"> érgon </i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">que designa trabalho)</span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>. </i>C</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">irurgia, etimologicamente, significa trabalho manual, arte, ofício, no qual
se empregam as mãos para a sua execução. No entanto, desde a pré-história que se praticam actos de cirurgia, através de procedimentos que utilizavam a trepanação <span style="font-size: x-small;">(abertura de um osso, mais comum nos ossos do craneo)</span>. No inicio do século XXI, arqueólogos que estudavam as ossadas de dois homens de Mehrgrh <span style="font-size: x-small;">(um povo da Civilização do Vale do Indo)</span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> no Paquistão</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">, concluíram que estes possuíam algum conhecimento de medicina e odontologia, ao descobrirem indícios que um dente que tinha sido perfurado </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">há 9.000 anos</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">. No antigo Egipto foi descoberta uma mandíbula datada de 2.750 aC, com duas perfurações logo abaixo da raiz do primeiro molar, indicando a realização de uma drenagem de um abcesso dentário. Perto do local onde estão edificadas as piramides, também no Egipto, escavações arqueológicas permitiram identificar um crânio humano que tinha sido sujeito a intervenções cirúrgicas.</span></div>
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</div>
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sushruta Samhita, um médico indiano que viveu em </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">600 aC é uma importante figura na história da cirurgia. Ele viveu, ensinou e
praticou sua arte cirúrgica nas margens do rio Ganges, no norte da India. Foram numerosas as suas contribuições para ciência e arte da cirurgia, tendo identificado a origem e tratamento de diversas doenças, sendo por muitos considerado o <i>pai da Cirurgia</i>. Muito do que conhecemos a respeito da
cirurgia está contido numa série de volumes de sua autoria, conhecidos como as <i>Susrutha Samhita</i>. Considerado o mais
antigo texto cirúrgico, nele estão descritos com pormenor, a exploração, o diagnóstico, tratamento e prognósticos de numerosas doenças.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCYB2di0hWCxpSIa0Z2wpAKAiDYm6KcbZGfOvKW3chR1pHuhEKcqz9sTId97z6F0K9OxrP9vXoYp5PNlT6bfqBK5PFk9f8Vq9hxWJjVbKQxpPbGAfQC636vZ8uXmIqH6WFkMZKrH1jrrE/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="243" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCYB2di0hWCxpSIa0Z2wpAKAiDYm6KcbZGfOvKW3chR1pHuhEKcqz9sTId97z6F0K9OxrP9vXoYp5PNlT6bfqBK5PFk9f8Vq9hxWJjVbKQxpPbGAfQC636vZ8uXmIqH6WFkMZKrH1jrrE/s320/3.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No entanto, a cirurgia teve seus primeiros desenvolvimentos científicos no século XVI, com o francês Ambroise Paré considerado o <i>pai da cirurgia moderna</i>, que além de
esclarecer inúmeras questões de anatomia, fisiologia e terapêutica, substituiu
a cauterização com ferro em brasa, pela utilização de fio de sutura e pinças para corrigir roturas de veias e artérias, tal como é hoje utilizado. Escreveu vários tratados de cirurgia, tendo feito a compilação de toda a sua obra em 1575, com 65 anos de idade, sob o título <i>Les Oeuvres de M. Ambroise Paré, avec
les figures et les portraits de l'Anatomie que des instruments de chirurgie et
de plusieurs monstres. </i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Foi cirurgião de Henrique II, Francisco II, Carlos IX e Henrique III. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">Mais
tarde, a descoberta da anestesia e a criação da antissepsia, no final
do século XIX, impulsionou as técnicas cirúrgicas, cuja eficácia aumentou com a
transfusão de sangue e a neurocirurgia, desenvolvidas entre as duas grandes
guerras. Nos anos 50, a descoberta dos antibióticos garantiu maior
eficácia aos procedimentos cirúrgicos. </span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBtLZ0DKFP0mGvD5Bxd42Ro9R1ZukpGx2EunOPrsh5kJ2Et_WbL71HNRpb9wkJ-d4fMsMmCwf2zcyjP1bZmFVLvO2PU-arnqyBCj6FPyMmnUNJEKGlY3Z7cdVEtfGj4VP1VCe2ZMZ_9Pw/s1600/7.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBtLZ0DKFP0mGvD5Bxd42Ro9R1ZukpGx2EunOPrsh5kJ2Et_WbL71HNRpb9wkJ-d4fMsMmCwf2zcyjP1bZmFVLvO2PU-arnqyBCj6FPyMmnUNJEKGlY3Z7cdVEtfGj4VP1VCe2ZMZ_9Pw/s1600/7.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">Actualmente com toda a tecnologia envolvida, realizam-se todo o tipo de cirurgias, incluindo transplantes de orgãos vitais. A evolução foi fabulosa e hoje uma simples cirurgia como aquela a que fui sujeita, é considerada de rotina, e possibilita a recuperação total de </span><span style="line-height: 18px;">áreas</span><span style="line-height: 115%;"> danificadas. Apenas como curiosidade, se eu tivesse nascido nos finais do século XVIII, a minha lesão seria analisada da seguinte forma: <i>quando se vulnerar, ou cortar totalmente um tendão, ou tendões, que servirem ao movimento de uma parte, se perderá o movimento dela, se não unir por primeira intenção, e o sujeito for velho. Quando a ferida do tendão não unir logo, e passar a chaga mediante a cicatriz, e contracção das fibras e prisão delas, é muito certo perder-se o movimento total ou parcial da parte. <span style="font-size: x-small;">(...)</span> há violentas dores, segue-se febre, vigilias, delirios e pode sobrevir aquele terribilissimo e mortal acidente convulsivo. Tratamento - administrar externamente um cozimento de malvas, violas, mangerona, flores de sabugo, de marcela e folhas de rosa e semelhantes; havendo muitas dores feito o cozimento em leite; não as havendo feito em água.<span style="font-size: x-small;">(...)</span> Aplicar por si só </i></span></span><i style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;">agua ardente, sempre quente, com algum óleo de termentina <span style="font-size: x-small;">(in </span></i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><span style="font-size: x-small;">Cirurgia classica, lusitana, anatomica, farmaceutica,
medica, a mais moderna: </span></i><i><span style="font-size: x-small;">segunda parte em que se da huma
brevissima noticia anatomica do corpo humano, de Francisco Luiz Ameno, 1780)</span>. </i>Talvez a minha recuperação demorasse um pouco mais... </span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span><br /><i><o:p></o:p></i></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-31142596701616312022012-12-14T00:37:00.000+00:002013-03-30T00:06:09.401+00:00Imagens do passado<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggB-7l-LKEzURguM9enDHo-MKJY84shzIZiPYVJ5DcaYZB_1uFdnealATnngzfpUqKYpXnfeRRZbisoJ1gxPv5KD3yNuGW3OlvcY8vZMqI5flKD0PG9JUrHHV7A5XUvrLDrXn27Dy2bdY/s1600/ribeira+do+porto.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O Porto do passado que se mantém vivo através desta magnificas fotografias. Momentos guardados na memória das imagens!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
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<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> O Cais dos Guindais antes da abertura da estrada marginal: </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrAAJbTd-lkdvz-t-ysXDMZKzd309gO3YsJ3jY6P_4hGTiu4M2ScipyDNPQ4xzGzm7kYZBst00mR7wh0vk6mJt2zC9kuFACw4ntmRLGwHGs8AGzs019_vEr1GUvvZ_tuwS2WuF7wv6800/s1600/cais+dos+guindais+antes+da+abertura+da+estrada+marginal.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"> <img border="0" height="492" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrAAJbTd-lkdvz-t-ysXDMZKzd309gO3YsJ3jY6P_4hGTiu4M2ScipyDNPQ4xzGzm7kYZBst00mR7wh0vk6mJt2zC9kuFACw4ntmRLGwHGs8AGzs019_vEr1GUvvZ_tuwS2WuF7wv6800/s640/cais+dos+guindais+antes+da+abertura+da+estrada+marginal.jpg" width="640" /></a></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">
</span>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">
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<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: left;">A Ribeira do Porto</span></div>
</span></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggB-7l-LKEzURguM9enDHo-MKJY84shzIZiPYVJ5DcaYZB_1uFdnealATnngzfpUqKYpXnfeRRZbisoJ1gxPv5KD3yNuGW3OlvcY8vZMqI5flKD0PG9JUrHHV7A5XUvrLDrXn27Dy2bdY/s1600/ribeira+do+porto.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><br /></a>
<br />
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</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggB-7l-LKEzURguM9enDHo-MKJY84shzIZiPYVJ5DcaYZB_1uFdnealATnngzfpUqKYpXnfeRRZbisoJ1gxPv5KD3yNuGW3OlvcY8vZMqI5flKD0PG9JUrHHV7A5XUvrLDrXn27Dy2bdY/s1600/ribeira+do+porto.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="315" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggB-7l-LKEzURguM9enDHo-MKJY84shzIZiPYVJ5DcaYZB_1uFdnealATnngzfpUqKYpXnfeRRZbisoJ1gxPv5KD3yNuGW3OlvcY8vZMqI5flKD0PG9JUrHHV7A5XUvrLDrXn27Dy2bdY/s400/ribeira+do+porto.jpg" style="text-align: left;" width="400" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggB-7l-LKEzURguM9enDHo-MKJY84shzIZiPYVJ5DcaYZB_1uFdnealATnngzfpUqKYpXnfeRRZbisoJ1gxPv5KD3yNuGW3OlvcY8vZMqI5flKD0PG9JUrHHV7A5XUvrLDrXn27Dy2bdY/s1600/ribeira+do+porto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="263" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-pi2enUUlh67Xj-cvXFhRRSqQ6QL7dSt03x6e2ENT9zB5NGa5-xCqzJLqB_UfP2aqLLQ3FMZ6TfuEgG1-yr9AqCU-DScuM8YR5Q6fAuoArG-0I1vGxC-7FYe0BU3sfNlM_9acqQae2L0/s400/porto1.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;" width="400" /></a></div>
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</div>
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<br /></div>
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<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A Sé do Porto na década de 30</span></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX2GIYcbFQFb0dJbEuMwWiEudr9oXQ5Ik3hak5L7FI2nB-Q7rUd3zQ_qSRDLEjYXEpmShnTKqToOTes3HYafs9bMlKvIaotlvSNdXHd4TiZCatmFNL5buHQUwIcE8zUdhmccAic9aHoGk/s1600/a+cal%25C3%25A7ada+da+vandoma+junto+%25C3%25A0+s%25C3%25A9+na+d%25C3%25A9cada+de+1930+antes+das+demoli%25C3%25A7%25C3%25B5es.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="292" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX2GIYcbFQFb0dJbEuMwWiEudr9oXQ5Ik3hak5L7FI2nB-Q7rUd3zQ_qSRDLEjYXEpmShnTKqToOTes3HYafs9bMlKvIaotlvSNdXHd4TiZCatmFNL5buHQUwIcE8zUdhmccAic9aHoGk/s400/a+cal%25C3%25A7ada+da+vandoma+junto+%25C3%25A0+s%25C3%25A9+na+d%25C3%25A9cada+de+1930+antes+das+demoli%25C3%25A7%25C3%25B5es.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> A Sé do Porto em 1963 </span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgBk3mShJfmp14aU-SjQbeEspvV9oGtEWIzhZ1Pc_EIBsbx5crmlfM6piQO8dIDqEvAZHW4KSk68irzSx2MZa3IB9phTkx9ZzRv2KAdrqq4aR0coKPoj3HbduGEAnmZCf1WelZdYC6ZP0/s1600/S%25C3%25A9+do+Porto+1963.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="363" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgBk3mShJfmp14aU-SjQbeEspvV9oGtEWIzhZ1Pc_EIBsbx5crmlfM6piQO8dIDqEvAZHW4KSk68irzSx2MZa3IB9phTkx9ZzRv2KAdrqq4aR0coKPoj3HbduGEAnmZCf1WelZdYC6ZP0/s400/S%25C3%25A9+do+Porto+1963.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> O Campo de Aviação de Pedras Rubras</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIRz7WRHfd7G3x1j02JEM5nnhpnn659M9ZPZWavs4-ENaa9I8NGGlPpkE-5F6sIU5rwxAZHFw1NFePeKCQ8ETiEAfFfgp17V5I36vG-N13tLS92Aic-Ya-kgaIdHXFQQIJRPeZXnY-35M/s1600/campo+de+avia%25C3%25A7%25C3%25A3o+de+pedras+rubras.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="277" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIRz7WRHfd7G3x1j02JEM5nnhpnn659M9ZPZWavs4-ENaa9I8NGGlPpkE-5F6sIU5rwxAZHFw1NFePeKCQ8ETiEAfFfgp17V5I36vG-N13tLS92Aic-Ya-kgaIdHXFQQIJRPeZXnY-35M/s400/campo+de+avia%25C3%25A7%25C3%25A3o+de+pedras+rubras.jpg" width="400" /></a><br />
<div>
<br /></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> O Aeroporto de Pedras Rubras em 1945</span><br />
<div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy4tVZ1dznuafAoJV-QJ3nS6RdQb7L2hfQLjmpJYjIR8BaZGiGQoZjGSpKF1kVrMkzyDapZoSoUBkdSZPa5E-9pmja_yi_eBFg29DMWOhfYA9xpavBAJbKushXQjW5UBfIrl0TPEmzPbQ/s1600/aeroporto+1945.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy4tVZ1dznuafAoJV-QJ3nS6RdQb7L2hfQLjmpJYjIR8BaZGiGQoZjGSpKF1kVrMkzyDapZoSoUBkdSZPa5E-9pmja_yi_eBFg29DMWOhfYA9xpavBAJbKushXQjW5UBfIrl0TPEmzPbQ/s400/aeroporto+1945.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">Nota: As fotografias foram retiradas da página do Facebook do </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small; text-align: start;">"Porto Desaparecido" em www.facebook.com/PortoDesaparecido?fref=ts</span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">
</span>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgBk3mShJfmp14aU-SjQbeEspvV9oGtEWIzhZ1Pc_EIBsbx5crmlfM6piQO8dIDqEvAZHW4KSk68irzSx2MZa3IB9phTkx9ZzRv2KAdrqq4aR0coKPoj3HbduGEAnmZCf1WelZdYC6ZP0/s1600/S%25C3%25A9+do+Porto+1963.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><br /></a>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqNKfu03Y7SHHIVGzAILfy2Ad3mj4rrFMXaXvI8iOohB_Ipjhsq_r1uH7uHx4cbTHC8lkj1sm14x42u9evXDd8R0_9jS_K-2s1XBWzJfG9J4bKOPbU01SvNOYgijlo2zYGn-DTPN4mRKE/s1600/ribeira.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><br /></a></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-6607093018545392752012-12-01T20:06:00.001+00:002012-12-01T20:16:13.176+00:00O meu presente de Natal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDUhF_3NtimLYXW-FVCyek76EtqhV7pDsuZrp3yZH4C5x7rfKbQrCKs2VcOHSXR8pDceKzuHMkL31vtrD6xKrYJHBzcRm2v-T5kQ1QJ3mzyVUKrvKLLm-5Sr0rkB5UQIC-GA5vwkqN43o/s1600/presente7.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDUhF_3NtimLYXW-FVCyek76EtqhV7pDsuZrp3yZH4C5x7rfKbQrCKs2VcOHSXR8pDceKzuHMkL31vtrD6xKrYJHBzcRm2v-T5kQ1QJ3mzyVUKrvKLLm-5Sr0rkB5UQIC-GA5vwkqN43o/s1600/presente7.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O mês de Dezembro regressou! A sua chegada fria e invernosa, traz-me doces recordações. A imensidão de sensações, de cheiros e sabores que invadem o meu pensamento com a sua entrada no calendário é intensa e reconfortante. A memória que tenho dos preparativos em família para a noite de Natal é mágica. E essa magia ainda funciona... </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Olho para um canto e consigo voltar a ver a minha avó paterna, envolta em doces odores que emanavam do fogão onde panelas, tachos e formas pareciam ganhar vida e, em conjunto com as suas magníficas mãos de cozinheira, criavam uma afinada orquestra de aromas e paladares. Consigo vislumbrar o divinal leite creme bem queimadinho, o pudim de ovos recoberto de verdadeiro caramelo fumegante e o pequeno tesouro que ficava bem guardado num tacho de ferro, onde se escondia um desfiado bacalhau, que entrava em cena logo após o prato principal. Olhando um pouquinho mais para o lado, encanto-me ao relembrar a minha mãe, sempre alegre e bem disposta, corada de alegria, a fazer magia com o açúcar, o leite, a canela, os ovos, o pão e vinho do Porto. De repente, a cozinha enchia-se de cheiros doces e apetitosos, que acompanhados dos cânticos de Natal entoados pela voz materna, criavam uma atmosfera única, plena de conforto, e encantamento, que nunca vou esquecer. Lá estavam os doces sonhos, que se espalhavam pela terrina com todas as formas e feitios tal como os verdadeiros sonhos de vida, as deliciosas rabanadas de leite que dispostas em travessas eram carinhosamente regadas com um molho de vinho do Porto, as rabanadas douradas que de tanto açúcar terem, cobriam o ar de candura, a famosa aletria recoberta com pequenos flocos de canela, que em conjunto criavam um verdadeiro arco-íris de doçura. Desviando os meus olhos para outro canto da divisão, observo o meu pai em amena cavaqueira com o pescado da Noruega. O bacalhau, rei e senhor das cozinhas neste mês natalício, vestia-se de gala e aparecia ricamente ornamentado na travessa rodeado de todos os seus súbditos: os ovos, as couves, as batatas, as cenouras e o fiel azeite pintalgado de alho. Aquilo que muitos chamam bacalhau com todos, parecia-me aos meus olhos de criança, um prato muito especial que só o meu pai sabia fazer, o que o transformava num super herói também da cozinha.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuuPoCAN9zLj7Uu4hxsYT29-gEBJDRJgRDZkrhxoxhBWyeJmUrEVJ3wfzRnI0_ei_MUgH5-MW1leEBCSMrv9ZSePswFTBEYV8w9Itvmf4EUJ6cRUed2gwhrg90Qq1W95l-XSexx4ehCpk/s1600/presente1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><img border="0" height="238" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuuPoCAN9zLj7Uu4hxsYT29-gEBJDRJgRDZkrhxoxhBWyeJmUrEVJ3wfzRnI0_ei_MUgH5-MW1leEBCSMrv9ZSePswFTBEYV8w9Itvmf4EUJ6cRUed2gwhrg90Qq1W95l-XSexx4ehCpk/s320/presente1.jpg" width="320" /></span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A azafama familiar era grande. Crianças e adultos todos contribuíam à sua maneira, para que o Natal fosse sempre tão especial. A árvore de Natal rodeada de embrulhos coloridos e vistosos fazia parte da festa, mas o verdadeiro presente foram estas memórias e estas recordações. Este presente que me foi dado ao longo dos anos em que fui criança, adolescente e mesmo durante parte da minha vida de adulta, não tem preço. Dos outros presentes poucas recordações possuo, mas estas doces e carinhosas lembranças, estarão sempre na minha memória e na dos meus irmãos. Mas como a tradição ainda é o que era, tentamos manter viva esta recordação nas gerações mais recentes. Agora olho em volta e já não vejo a minha avó paterna, nem a minha mãe, mas a magia continua bem presente em toda a tradição que tentamos manter viva. Os sonhos, o pudim, a aletria, as rabanadas, o bacalhau e até o pequeno tesouro do tacho de ferro estão sempre presentes. Até os cânticos de Natal permanecem vivos, apenas cantados por vozes diferentes. A magia ainda existe...e na noite de Natal se olharmos bem, fizermos silêncio e escutarmos com muita atenção ainda conseguimos sentir e ouvir aqueles que iniciaram esta magnífica tradição e nos deram o melhor presente que poderíamos ter recebido! </span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-21575370046230292162012-11-21T23:25:00.000+00:002012-11-21T23:28:36.085+00:00A tradição da "crise"<div style="text-align: justify;">
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3hfJa3HrPFCoFZoPidb2_TmyNKvvXj3V2Hk3ds-1gYB10a41OUzw-DMEFkqotqA1BOQ2P-SmD4m-u-7a8i58VIOsB8WW8gP0t1Yq5N5b9g1g98wH3nwsP7ASJ9iVbPF7xdb4HUJOpXew/s1600/25.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3hfJa3HrPFCoFZoPidb2_TmyNKvvXj3V2Hk3ds-1gYB10a41OUzw-DMEFkqotqA1BOQ2P-SmD4m-u-7a8i58VIOsB8WW8gP0t1Yq5N5b9g1g98wH3nwsP7ASJ9iVbPF7xdb4HUJOpXew/s1600/25.jpg" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Portugal existe como nação há mais de 800 anos! Oito séculos de história repleta de grandes feitos e grandes conquistas épicas, plena de mitos, lendas e contos fantásticos, personagens reais que parecem saídas de filmes de Hollywood, Reis e Rainhas, guerras e conflitos, descobrimentos e invasões. Uma nação rica em história, tradições, costumes, potencial humano... e crises!Portugal chega ao século XXI como um país pobre, dependente de outros para sobreviver, necessitado de apoio económico, subserviente e humildemente resignado. Este pedaço de terra à beira mar plantado, nunca desabrochou. Manteve-se plantado, parado, estagnado. Oito séculos de história não nos ensinaram nada, não gravaram na memória de tantas e tantas gerações aquilo que não deveria ser repetido. Somos um país de crises. As crises que decorreram das guerras com os mouros, das lutas com Castela, da epopeia marítima e da construção de um Império ultramarino, que apesar de terem dado nome a Portugal, foram mal geridas e poucos dividendos trouxeram a um País que não soube aproveitar as oportunidades surgidas. A lenta industrialização ocorrida em Portugal no século XIX, que nos deixou irremediavelmente atrasados em relação às outras nações europeias. Um atraso que nunca mais conseguimos recuperar e que nos provocou graves dissabores económicos e sociais ao longo dos anos. As crises e vexames sucessivos por que passamos nos últimos anos da Monarquia, mostrando já os primeiros sinais de subserviência a outros estados europeus, que anos mais tarde se tornariam tão comuns. A ausência de um espírito aguerrido de defesa nacional, de orgulho patriótico e de profundo sentimento de pertença fez com que o nosso País ficasse sempre para trás. A esperança depositada no novo regime republicano, cedo se desmoronou. Seguiram-se 40 anos de uma ditadura, que nos fechou ao mundo, às inovações e ao desenvolvimento e nos deixou ainda mais isolados no último lugar do pelotão europeu. Anos de gastos excessivos pós Revolução do 25 de Abril, conduziram-nos a um descalabro económico e a um estender de mão aos países mais ricos da europa, como única forma possível, para podermos fugir mais uma vez à bancarrota e ao naufrágio total de um país repleto de <i>marinheiros de água doce</i>. </span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSKnfL76pYRhpUCqk-tmCt7Wzq0KMvIl3j4bN2QhPpHyzkE_zIBk6NJ0uTJt1eITAteppAFbamj4uo-RwDpoSrtK2waMacgTJ3eIlzoRwFrOZYNGfoG4t_ljZvwfhHSjwCDFPDmd8PkGI/s1600/30.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="211" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSKnfL76pYRhpUCqk-tmCt7Wzq0KMvIl3j4bN2QhPpHyzkE_zIBk6NJ0uTJt1eITAteppAFbamj4uo-RwDpoSrtK2waMacgTJ3eIlzoRwFrOZYNGfoG4t_ljZvwfhHSjwCDFPDmd8PkGI/s320/30.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ao longo destes oito séculos de existência passamos por várias situações de crise financeira. Segundo um estudo de Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff <span style="font-size: x-small;">(investigadores
da Universidade de Maryland nos Estados Unidos)</span> foram identificados vários episódios de bancarrota na história de Portugal, a maioria no século XIX. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Oficialmente, poderemos
contabilizar oito: em 1560 <span style="font-size: x-small;">(considerada oficialmente a primeira situação de bancarrota em Portugal, durante a regência de Catarina da Áustria, viúva de D. João III)</span>, 1605 <span style="font-size: x-small;">(no reinado de Filipe III de Castela)</span>, 1834 <span style="font-size: x-small;">(no reinado de D.Miguel)</span>, entre 1837 e 1852 <span style="font-size: x-small;">(no reinado de D. Maria II)</span> e em 1892 <span style="font-size: x-small;">(no reinado de D.Carlos I)</span>. Nesta última bancarrota do século XIX, o Jornal inglês <i>The Economist</i> escrevia no dia 6 de Fevereiro de 1892: <i>Os mercados monetários da Europa estão a ficar cansados, e não sem
razão, da constante solicitação por Portugal de novos empréstimos. </i></span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">No próprio interesse de Portugal era preferível que as suas facilidades
de endividamento fossem, agora, restringidas.</i><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tem sido evidente de há bastante tempo que o país estava a viver acima
dos seus meios. Mais tarde ou mais cedo era inevitável que acabasse em
bancarrota – e foi à bancarrota que Portugal agora chegou. </i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Notícia</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i> </i>a</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">ssustadoramente actual apesar de ter sido escrita há mais de 100 anos! Como disse Karl Marx </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">a história repete-se, primeiro como tragédia e depois como farsa.</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> E Portugal está novamente a viver nesta farsa. No século XX a situação repetiu-se e como a tradição ainda é o que era cá estamos nós no século XXI, em plena crise financeira. A palavra crise já é uma tradição portuguesa e o facto de serem quase sempre da responsabilidade de uma pequena franja da sociedade portuguesa, as chamadas elites, também o é. Os anos passaram, as pessoas mudaram, mas os governantes que foram desfilando pelo palco do poder, pautaram-se, com raras excepções, pela falta de competência, cometeram sucessivos erros, tomaram decisões catastróficas, pouco servindo os interesses da nação, e transformaram Portugal num país endividado, empobrecido, desanimado e sem grandes perspectivas de futuro. </span><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWMdtGSFpLQndrUQwO9EqajVzuCa1agJMV2A7zKSW-hfYn9NrySMKnXjv8z0C_jq1YuewhJ8ETUjC7iQRhADlCmrQHfD-U-4xq8unOS9BPJy7yCwXTZ7XsRw8hbVylAoSGC40vsFgz_KU/s1600/27.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWMdtGSFpLQndrUQwO9EqajVzuCa1agJMV2A7zKSW-hfYn9NrySMKnXjv8z0C_jq1YuewhJ8ETUjC7iQRhADlCmrQHfD-U-4xq8unOS9BPJy7yCwXTZ7XsRw8hbVylAoSGC40vsFgz_KU/s1600/27.jpg" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Nunca o bem estar económico de tantos portugueses presentes e futuros foi tão ameaçado pelas decisões de tão poucos</i>, disse Winston Churchill. Não conhecia ele o futuro que nos esperava. Antes usamos o dinheiro que resultou do filão de ouro que provinha das terras do Brasil, para construir catedrais, palácios e outros monumentos de pedra. Há uns anos atrás utilizamos o dinheiro da Comunidade Europeia para construir estradas, pontes e mais alguns monumentos de pedra. Era lícito construir tudo isto, se as bases essenciais para o alicerçar de uma sociedade já existissem. Os erros mantêm-se, pois não há memória do passado. As tradições devem ser preservadas, mas esta não. O nosso <i>fado</i> é quebrar esta tradição e dar oportunidade à competência, ao saber, ao bom senso e à ética de bem governar.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhto5SOKxXy_7M2HBQMYbNJCNcT7D4AxxF1zoDDJzIgnb2_4GSEiQDarlWi75oMghD_0dykmWJjqCPeNmjZM4QRSNXSewBMsDbbEXMTxkR8w2b_FXCxz1Bs-ZC99izImDFLp83Xf2iix5Y/s1600/26.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="145" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhto5SOKxXy_7M2HBQMYbNJCNcT7D4AxxF1zoDDJzIgnb2_4GSEiQDarlWi75oMghD_0dykmWJjqCPeNmjZM4QRSNXSewBMsDbbEXMTxkR8w2b_FXCxz1Bs-ZC99izImDFLp83Xf2iix5Y/s200/26.jpg" width="200" /></a></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Apostar no potencial humano em detrimento do poder económico, mudar mentalidades, apostar na educação e na cultura de um povo que tem de começar a acreditar em si próprio. Promover um futuro sem nunca esquecer as lições do passado. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Não há nenhum caminho tranquilizador à nossa espera. Se o
queremos, teremos de construí-lo com as nossas mãos</i><span style="font-size: x-small;"> (José Saramago)</span><i>. </i>Espero que num futuro próximo possamos ser uma nação projectada para o futuro, mas com memória de um passado de que nos podemos e devemos orgulhar!</span></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-32889416803055576402012-11-13T00:36:00.001+00:002012-11-13T00:43:53.587+00:00O simbolismo da gravata<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwyKF05x8865KJKqr5rfWEZgcSxCRgpmUydrWml9j8aXqVzN_uUQl1qj0hMVK8qbNphdfgLsaAG7tN59komvetC5JsdWs5c0ICKVXvucm4sIfscE5lcvCxMeFrFbeg1MO0c08Vn7a7XEU/s1600/21.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwyKF05x8865KJKqr5rfWEZgcSxCRgpmUydrWml9j8aXqVzN_uUQl1qj0hMVK8qbNphdfgLsaAG7tN59komvetC5JsdWs5c0ICKVXvucm4sIfscE5lcvCxMeFrFbeg1MO0c08Vn7a7XEU/s1600/21.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando falamos em gravata, o
nosso cérebro leva-nos rapidamente a pensar em etiqueta, formalidade, aperto,
nó...De facto a gravata é visto como um acessório de vestuário, que a maioria
dos homens e também algumas mulheres, usam diariamente. Uns usam-na por
obrigação, por fazer parte do seu traje de trabalho, outros gostam de a usar e
outros há que a detestam. Gostando ou não gostando, a gravata assumiu-se e faz
parte das peças que estão guardadas no armário da roupa da maioria das pessoas.
De tal forma ganhou importância que até foram desenvolvidas cruzetas especiais
só para pendurar gravatas! Se é um facto que toda a gente a conhece, poucos são
aqueles que sabem a sua história. Como é que um pedaço de tecido, fino, de
cores diversas, sem aparente utilidade, se tornou numa peça de uso quase
obrigatório? E mais do que isso, como se tornou esta tira de
fabrico sintético, a ser símbolo de etiqueta e de formalidade? </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se pesquisarmos a palavra gravata
na enciclopédia ou num dicionário da língua portuguesa, não conseguimos ficar
muito mais elucidados. Gravata é uma <i>tira de tecido que se passa à
volta do pescoço, geralmente sob o colarinho da camisa, e que se ata em nó ou
laço à frente <span style="font-size: x-small;">(</span></i><span style="font-size: x-small;">Dicionário Priberam da Língua Portuguesa)</span><i>.</i> No
mínimo é estranho, que uma tira com um nó ou laço na frente tenha tido tanta
popularidade, mesmo que muitas vezes obrigatória.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTWNF8IGt8rmbzL4UsCc19oOLfu3NkncVOcHYvssiTrvfCk-gLkouD-5AHUF5D2N3ADCkXORNLNsapkySDkjw6X-GwKprYl9Z102UVYAjEm-8W_b2ZLTwjPE8-U7-kKb1rZzNXnhxyqb4/s1600/22.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTWNF8IGt8rmbzL4UsCc19oOLfu3NkncVOcHYvssiTrvfCk-gLkouD-5AHUF5D2N3ADCkXORNLNsapkySDkjw6X-GwKprYl9Z102UVYAjEm-8W_b2ZLTwjPE8-U7-kKb1rZzNXnhxyqb4/s1600/22.jpg" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mais estranho ainda é
sabermos que o raio do nó da gravata, é difícil de fazer e como
se um não bastasse, existem vários tipos de nós com nomes pomposos -</span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Windsor,
meio-Windsor, Americano, o de Shelby também conhecido por nó de Pratt</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">, que
vieram complicar ainda mais a situação. Estranhamente o nó mais fácil de fazer,
o chamado </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">nó ordinário</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">, denominado pelos franceses de </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">petit
noeud</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">, é o menos conhecido e o menos usado. Com um nome destes é fácil de
compreender porquê...ninguém que use uma tira de tecido apertada no colarinho
da camisa, gosta de ter um nó com o nome de </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">ordinário</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> junto ao
pescoço! </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkX3LEigDheNTibVhceHzS9TtTzM3goJKumqVYlnGxf1Uup75pN8SX4WBwPmb2UMjzwabm2-1fYMJq2WEBnIpZlJDmhad2u5HFXIn_db64w2JCaoJn4UhyphenhyphentC1CT95Ov80csNhWBZ9m-ik/s1600/23.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkX3LEigDheNTibVhceHzS9TtTzM3goJKumqVYlnGxf1Uup75pN8SX4WBwPmb2UMjzwabm2-1fYMJq2WEBnIpZlJDmhad2u5HFXIn_db64w2JCaoJn4UhyphenhyphentC1CT95Ov80csNhWBZ9m-ik/s1600/23.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No antigo Egipto, foram
descobertas múmias que possuíam junto ao pescoço objectos feitos de
ouro ou de cerâmica, muito semelhantes às actuais gravatas: tinham a forma
de cordão que terminava num nó. Eram usados como amuletos e conhecidos pelo
nome de <i>Sangue de Ísis</i> que tinha como função proteger os
mortos dos perigos da eternidade. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Também o exército chinês do Imperador
Qin Shihuang, que foi o primeiro Imperador da China Unificada e que iniciou a
grandiosa construção da Muralha da China, usava à volta do pescoço um tipo de
cachecol com um nó como símbolo de prestígio e de status, por pertencerem à
força militar do Imperador. Quando o seu túmulo foi aberto em 1974, as estátuas
do famoso exército de terracota que foi construído como réplica exacta do seu
exército, apresentavam todas elas panos com um nó à volta do pescoço. Também os
romanos utilizavam o chamado</span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;"> focale</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> que mais não era do que
uma faixa de pano que os soldados romanos utilizavam para proteger o pescoço da
armadura e do frio, que era feito em lã ou linho. O Imperador Trajano
mandou erigir no ano 113 dC, uma fabulosa coluna, a chamada Coluna de
Trajano, onde estão representados milhares de soldados muitos deles com
o </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">focale</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> ao pescoço.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-b5O85KjFwKH_UnKove_mo4xWAPKnRLQNjQ3o0BPzDDkRCvvbnnMOmnd84Z2-RdBY7tXMDDvdwX2UteUpyKG_UVw25125Yzkd9WHTEmgQLGHZZyZWhsMmyqiyge6nIkEMjvK_6UXC4PQ/s1600/19.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-b5O85KjFwKH_UnKove_mo4xWAPKnRLQNjQ3o0BPzDDkRCvvbnnMOmnd84Z2-RdBY7tXMDDvdwX2UteUpyKG_UVw25125Yzkd9WHTEmgQLGHZZyZWhsMmyqiyge6nIkEMjvK_6UXC4PQ/s320/19.JPG" width="175" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No entanto é aos croatas que
devemos a introdução da gravata como peça de vestuário. Durante a Guerra dos
Trinta Anos <span style="font-size: x-small;">(1618-1648)</span> em que estiveram envolvidas várias nações
europeias por motivos religiosos, dinásticos, territoriais e comerciais,
soldados croatas lutaram ao serviço da França. Após uma batalha contra o
Império Habsburg, o exército francês foi recebido pelo Rei Luís XIV
em Paris, e entre eles encontrava-se um regimento de soldados croatas, que
usavam tiras de tecido colorido ao pescoço. Este enfeite de cor era feito de
tecido rústico para os soldados e de algodão ou de seda para os
oficiais, distinguindo assim as patentes militares. <i>Por volta
do ano 1635, cerca de seis mil soldados e cavaleiros vieram a Paris para dar
suporte ao rei Luis XIV e ao Cardeal Richelieu. Entre eles, estava um grande
número de mercenários croatas. O traje tradicional destes soldados despertou
interesse por causa dos cachecóis incomuns e pitorescos enlaçados em seu
pescoço. Os cachecóis eram feitos de vários tecidos, variando de material
grosseiro para soldados comuns a seda e algodão para oficiais </i><span style="font-size: x-small;">(La
Grande Histoire de la Cravate, Flamarion, Paris, 1994)</span>. Os franceses
encantaram-se com o colorido adereço, que denominaram de <i>cravat </i>que
significa <i>croata. </i>O impacto deste pedaço de tecido foi
tal que o próprio rei francês ordenou que o seu alfaiate particular
produzisse uma peça semelhante à utilizada pelos croatas e a introduzisse no
seu trajo real.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em 1660 Carlos II de Inglaterra,
regressou ao seu país para reclamar o trono, e com ele foram
vários aristocratas ingleses que já tendo adquirido uso da <i>cravat</i> em
França, iniciaram a moda nas ilhas britânicas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O seu uso popularizou-se
rapidamente pelos restantes países europeus e posteriormente pelo continente
Americano.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Curiosamente o exército francês manteve até
1789, altura da Revolução Francesa, um regimento de elite a que chamava </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">Cravate
Royale</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">. A palavra portuguesa gravata deriva da francesa </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">cravate</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">,
que originalmente significa croata </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">(<i>cravat</i>)</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhba2LSh-vGzyVIEwMSZuYbKUk7w_ib6AadR5HRSkx5zWTidgA0iq9I1btQ3jD0uQRndjLvIwRlNwJzPSefr2zNyEaUQec2i5Ax_L9z09yvDwbrgU3b78K51kzwWSKEwwcQhZOg4BgReE/s1600/24.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhba2LSh-vGzyVIEwMSZuYbKUk7w_ib6AadR5HRSkx5zWTidgA0iq9I1btQ3jD0uQRndjLvIwRlNwJzPSefr2zNyEaUQec2i5Ax_L9z09yvDwbrgU3b78K51kzwWSKEwwcQhZOg4BgReE/s200/24.jpg" width="200" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Um pedaço de tecido de origem
bélica, foi transformado pelos franceses num adereço de vestuário, apenas
porque acharam vistosa e apelativa uma tira colorida usada pelos soldados
croatas. Bem descrito nas palavras de Nabuco de Araújo, ministro da Justiça e
Senador do Império do Brasil de 1858 a 1878, está o simbolismo da gravata e a
sua ligação a uma elite da sociedade: <i>a liberdade existe para nós,
homens de gravata lavada, e não para o povo.</i> Sem nenhuma utilidade
prática chegou até aos nossos dias e ainda hoje é usada
por milhões de pessoas em todo o mundo. É sem dúvida uma questão que
dá muito que pensar...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-61492591051085207072012-11-06T19:46:00.002+00:002012-11-06T23:23:58.308+00:00A ponte Luis I ao longo do tempo<div class="" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando pensamos nas cidades do Porto e Vila Nova de Gaia, vem-nos logo à memória uma grande obra arquitectónica: a ponte Luís I. Esta ponte inaugurada em 1886, faz parte destas cidades e das suas gentes. A ligação das margens do rio Douro através desta obra de arte em ferro, está de tal maneira ligada à paisagem, que parece que a ponte "nasceu" com o rio e que sempre ali esteve. Mas a verdade é que a deslumbrante paisagem do rio Douro serpenteando entre as cidades, nem sempre foi esta que conhecemos. Melhor do que quaisquer palavras, as imagens ilustram bem o passar do tempo... </span></div>
<div class="" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>1809</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBSWI2kI73zn0pHayp1Q6ZpqqAorpVcXCZD7LsnNkBVIjajYCL_siVJnoelXMiBteJ6O8z7lV533Mv0J6464VOLG1jBCSDBJIz2a4gifjBVNfnxJ2g2-YrhZg4DazwXQH4jwmCYMgll9A/s1600/Henry+Smith+Oporto%252C+With+The+Bridge+Of+Boats+1809.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBSWI2kI73zn0pHayp1Q6ZpqqAorpVcXCZD7LsnNkBVIjajYCL_siVJnoelXMiBteJ6O8z7lV533Mv0J6464VOLG1jBCSDBJIz2a4gifjBVNfnxJ2g2-YrhZg4DazwXQH4jwmCYMgll9A/s400/Henry+Smith+Oporto%252C+With+The+Bridge+Of+Boats+1809.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; text-align: justify;">Henry Smith "Oporto, With The Bridge </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; text-align: justify;">Of Boats" 1809 (Ponte das Barcas)</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; text-align: justify;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="text-align: justify;"><b>1842</b></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd9yG-t-DZeG97sxKhjjleRJi5sAPpU2alE1qTkmi9kCFgfKuUBaLgq_knuM8YzkxX5WmhmcBq02s2wnAxHwsrwUQNHQkFhbp49ZoUdrBA2e9zzqzS_AvS-E1Cos0DuWwyTkcWreheLtA/s1600/ponte+pensil%252C+1842.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="252" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd9yG-t-DZeG97sxKhjjleRJi5sAPpU2alE1qTkmi9kCFgfKuUBaLgq_knuM8YzkxX5WmhmcBq02s2wnAxHwsrwUQNHQkFhbp49ZoUdrBA2e9zzqzS_AvS-E1Cos0DuWwyTkcWreheLtA/s400/ponte+pensil%252C+1842.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;">Ponte </span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">Pênsil</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>1869-1871</b></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiArvy-Z6Wh0yXn2fIu6YmGQh9auHP5YHTwETQmC3EeH2Hh7oYAq7eJ-3F2jfRWKFb7qUdwuWJgrWbLfuZc2OifpJecqfLUaY1ohyphenhyphens8qW1zq25M6TsLP1YCsF6vPo1fzp4D34aLgE8e9a8/s1600/ponte+pensil+1869-1871.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="190" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiArvy-Z6Wh0yXn2fIu6YmGQh9auHP5YHTwETQmC3EeH2Hh7oYAq7eJ-3F2jfRWKFb7qUdwuWJgrWbLfuZc2OifpJecqfLUaY1ohyphenhyphens8qW1zq25M6TsLP1YCsF6vPo1fzp4D34aLgE8e9a8/s400/ponte+pensil+1869-1871.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">Ponte Pênsil</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;"><br /></span></div>
<div class="" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>1881-1886</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuagVdDBGhVJ_qlxVDDFR6C2foxLnNQF4PUBBkGt7qiEMZJoklqY4Ns2YSe87X0BKe8rSb7Ttwk-y-W0Xo7jXQFvcS97GnGIW1o5alsLixQwbxNzWO3Rp7a00t6YYLaomx8CT0tKSCcSs/s1600/8.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi88009doMKfvOfPQ9lqjQ0Xk9LjmyaxlRBmo1QSLuFpFLL3VBshScIpwZZHwcj7XjLRWjNVQzfESIKcjpw6Q0CZ5lJuLKhQD53se3hjlbGVzMmiqbKP-mEQ0mxqaENDZwRVIqYPiPGBU/s1600/ca1833.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="140" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi88009doMKfvOfPQ9lqjQ0Xk9LjmyaxlRBmo1QSLuFpFLL3VBshScIpwZZHwcj7XjLRWjNVQzfESIKcjpw6Q0CZ5lJuLKhQD53se3hjlbGVzMmiqbKP-mEQ0mxqaENDZwRVIqYPiPGBU/s200/ca1833.jpg" width="200" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiu2TsjHxto1uEg0n90IVd2LBOoDazXhiK9RTT6geoL7_uJIA6Ns0xVyvY82hBcVMk6TmQyaTKakK0xSAbsKtJ9CT_6OEoDS3npz34S5u71WKv-UFIh6p50_2vZWfQyYDixI6YVYjwnDFs/s1600/ca1885.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiu2TsjHxto1uEg0n90IVd2LBOoDazXhiK9RTT6geoL7_uJIA6Ns0xVyvY82hBcVMk6TmQyaTKakK0xSAbsKtJ9CT_6OEoDS3npz34S5u71WKv-UFIh6p50_2vZWfQyYDixI6YVYjwnDFs/s320/ca1885.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwlFelfB-xl0MYDePT_HYDRJdJcFVMrqlJ2n634e6_kxb6OBbQMlCo0shRt5-91t_3nMoBDGqvlu67b_uDFHYPYouln_fMaIND9Y64F4FV-IiszKT7f2wS5nxS7Eb-kiHQHlOMDKCcD94/s1600/12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwlFelfB-xl0MYDePT_HYDRJdJcFVMrqlJ2n634e6_kxb6OBbQMlCo0shRt5-91t_3nMoBDGqvlu67b_uDFHYPYouln_fMaIND9Y64F4FV-IiszKT7f2wS5nxS7Eb-kiHQHlOMDKCcD94/s320/12.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">A construção do Ponte Luís I </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>1886</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNYH8SrwW7iz00fDKU1c68LcP4Uu3kslp0uH3pBUZsKl25BJjbvbPiPVZaLCrmB739mwNT5OE4N9L2w7-U6KBN5QX1fL_qp6S2Z0iv-zFwdhTltgTgsOFhp1aFPztiGK1buxeSVqoEOu4/s1600/10.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNYH8SrwW7iz00fDKU1c68LcP4Uu3kslp0uH3pBUZsKl25BJjbvbPiPVZaLCrmB739mwNT5OE4N9L2w7-U6KBN5QX1fL_qp6S2Z0iv-zFwdhTltgTgsOFhp1aFPztiGK1buxeSVqoEOu4/s400/10.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">A Ponte Pênsil e a Ponte D. Luís I </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>1888</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhvnLFcUZxO8DcKKXnhQJw15j_R3aVZjqKTBmRC-ir_8VF1qm95T6CGdnuZxn9YhixUZPpFbtQjdzWmF3Oq_aonlyk2B-4W0G1b8jTlpqybbrrm3osC294TkoUyVS-LztMDTmPFyjmJ0I/s1600/4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhvnLFcUZxO8DcKKXnhQJw15j_R3aVZjqKTBmRC-ir_8VF1qm95T6CGdnuZxn9YhixUZPpFbtQjdzWmF3Oq_aonlyk2B-4W0G1b8jTlpqybbrrm3osC294TkoUyVS-LztMDTmPFyjmJ0I/s400/4.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>1903</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_mI8GQtRTVtTL7cFX7BsERH-jRbnOulCJUCjS-vy5KnTdZej3WaTNh6UIBIRo7EPBiZPfhVNk9AaQghMi3FDwgQKO7xCrzqvAEpKtJX3Z5xpoM5j5mGMGt3gSl2zTWKD_oE4ezvz-WfI/s1600/1903.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="390" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_mI8GQtRTVtTL7cFX7BsERH-jRbnOulCJUCjS-vy5KnTdZej3WaTNh6UIBIRo7EPBiZPfhVNk9AaQghMi3FDwgQKO7xCrzqvAEpKtJX3Z5xpoM5j5mGMGt3gSl2zTWKD_oE4ezvz-WfI/s400/1903.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1905</span></b></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQd7ueAwgaWYAKItQwMljyX72_vXXxencqcc5vH5to2bY1vb3rQRyoMJUdM03EFpqdVYkhq54YWey3lnl42My6AxkIwmMlFQPp8BXc2JbXk28u-WgLfwZJUVivvy8D8SEbwL4_1s0sSbg/s1600/1905.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="258" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQd7ueAwgaWYAKItQwMljyX72_vXXxencqcc5vH5to2bY1vb3rQRyoMJUdM03EFpqdVYkhq54YWey3lnl42My6AxkIwmMlFQPp8BXc2JbXk28u-WgLfwZJUVivvy8D8SEbwL4_1s0sSbg/s400/1905.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>1910-1915</b></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeKIOXbGyrLrkTMKH1yvIY5XY0NRCDDcjgXPkTT2EmYbUV52yhced7w0-l6qj5Sn-PSN0oI9TDir7tQHquzg7EgIPiySjezD_S4Zey-uAlUA3-dEAUhUaE5XIPPpQs7DgEDGXxiO_5qbs/s1600/ca1910.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="278" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeKIOXbGyrLrkTMKH1yvIY5XY0NRCDDcjgXPkTT2EmYbUV52yhced7w0-l6qj5Sn-PSN0oI9TDir7tQHquzg7EgIPiySjezD_S4Zey-uAlUA3-dEAUhUaE5XIPPpQs7DgEDGXxiO_5qbs/s400/ca1910.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ4GthRqIF8Kd5DzkjWUCaGL-D9tPfmh8ltecJAC4XJ-vKyxNQAUuZxEc6RprQycj0JVD3dqk9ffzbIlnfCMFGY8N43kBOyUHQ6p_7Vkd4W76YBWUMWSewhVUpPH_6KgjmOXA1KeWfdaY/s1600/1915.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ4GthRqIF8Kd5DzkjWUCaGL-D9tPfmh8ltecJAC4XJ-vKyxNQAUuZxEc6RprQycj0JVD3dqk9ffzbIlnfCMFGY8N43kBOyUHQ6p_7Vkd4W76YBWUMWSewhVUpPH_6KgjmOXA1KeWfdaY/s400/1915.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1930-1950</span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1BS9IsRrZ77hulC0AP6HPGFA6A0dAvNkYqPItuWGx1LSWjz-wL9hkRHop1V_XjZU1IPtNKI37SO_F0INcvBMrF4ohJDvlezr59gEuwZuANG2vM6uMvqnbnH9NxhAfQpmiSsMy6f97muw/s1600/13.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1BS9IsRrZ77hulC0AP6HPGFA6A0dAvNkYqPItuWGx1LSWjz-wL9hkRHop1V_XjZU1IPtNKI37SO_F0INcvBMrF4ohJDvlezr59gEuwZuANG2vM6uMvqnbnH9NxhAfQpmiSsMy6f97muw/s320/13.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGTTi08JKfnHJ3QoP6df5-6xpNWEEjgwK1Icfua0GIUdDFLR82WBjUIeaVXojcD3hBmAHiQ3D7Sc6LAlP_5Ft_SzSNHi8pAtSE0Sh2-8QqDH1zEl2NrRv6YvW_ulYNKsFR9BcLfXui-RE/s1600/1959.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="252" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGTTi08JKfnHJ3QoP6df5-6xpNWEEjgwK1Icfua0GIUdDFLR82WBjUIeaVXojcD3hBmAHiQ3D7Sc6LAlP_5Ft_SzSNHi8pAtSE0Sh2-8QqDH1zEl2NrRv6YvW_ulYNKsFR9BcLfXui-RE/s320/1959.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>2000</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJfQFaz0jRcTCbqgB3b1V3zBkFYINk69biM4xMNaII5noV0RxDnE_6EQBB4yeTcXhMvRQ9g3ybtDHy_YF-vzbGdfg1UqBSFeYZ9KHfkU9hVZrpmNq-l4-dWTiwdnvxDpgXQg1lNJoxn5k/s1600/padroense.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJfQFaz0jRcTCbqgB3b1V3zBkFYINk69biM4xMNaII5noV0RxDnE_6EQBB4yeTcXhMvRQ9g3ybtDHy_YF-vzbGdfg1UqBSFeYZ9KHfkU9hVZrpmNq-l4-dWTiwdnvxDpgXQg1lNJoxn5k/s400/padroense.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">(Autor: Padroense)</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>2005...</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaIN5Af2RXxsjFVnMPnH0Mu_L2vMHAj9qSTVTbX8qngeO22iRciQpdvDjE4UQl0Hp62wJnnbbPYLeJU9LW5-xwTShlQUGPYxKXaULIGgPBXbScbX-zAXFceU3zPH3mG5O_6Sf2jOfpCkI/s1600/16.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaIN5Af2RXxsjFVnMPnH0Mu_L2vMHAj9qSTVTbX8qngeO22iRciQpdvDjE4UQl0Hp62wJnnbbPYLeJU9LW5-xwTShlQUGPYxKXaULIGgPBXbScbX-zAXFceU3zPH3mG5O_6Sf2jOfpCkI/s1600/16.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaIN5Af2RXxsjFVnMPnH0Mu_L2vMHAj9qSTVTbX8qngeO22iRciQpdvDjE4UQl0Hp62wJnnbbPYLeJU9LW5-xwTShlQUGPYxKXaULIGgPBXbScbX-zAXFceU3zPH3mG5O_6Sf2jOfpCkI/s1600/16.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkJSPmlUb_kLgVfIrfL5zaJpthGcvCBJqqEzQ0t_le5RU6psB6ImfZtCUv2zAH3nPD0EGJLB8z2eaRkLHHtI54V2iemod702ybpwvpU8hQqFfRpoIZyOSOps2OWf1shVHeQq9UTlbWC44/s1600/17.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkJSPmlUb_kLgVfIrfL5zaJpthGcvCBJqqEzQ0t_le5RU6psB6ImfZtCUv2zAH3nPD0EGJLB8z2eaRkLHHtI54V2iemod702ybpwvpU8hQqFfRpoIZyOSOps2OWf1shVHeQq9UTlbWC44/s400/17.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtC6O4oAvcYhnorVq-DznYFiJRZdyyKgdVQID_9Br4aDAb6znAE7_NyNmvucW3-DHJbHrSalpKZskvEN_aJUuujHLXIoHeSH-nlzx1tUphKFbm67OU71i3nJv7fpd5Brg_74z0zfRbPCA/s1600/evandro+costa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtC6O4oAvcYhnorVq-DznYFiJRZdyyKgdVQID_9Br4aDAb6znAE7_NyNmvucW3-DHJbHrSalpKZskvEN_aJUuujHLXIoHeSH-nlzx1tUphKFbm67OU71i3nJv7fpd5Brg_74z0zfRbPCA/s400/evandro+costa.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O tempo foi passando, a paisagem mudou, as cidades cresceram, mas a ponte Luís I permaneceu sólida, deslumbrando todos os que por ela passam. Ligando as margens do Douro, uniu gerações de pessoas. Tudo mudou, mas a beleza da paisagem essa manteve-se!</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">Nota: As fotos sem autor identificado foram retiradas da
página "Porto Desaparecido" em www.facebook.com/PortoDesaparecido?fref=ts </span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-8891194243543317302012-10-31T17:49:00.000+00:002012-11-09T02:10:42.883+00:00A padeira que se tornou heroína<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7qm3ueKJtTK-aW_92YkMnyV1KTDiHvTXlKyert3LfNwj1ObaMk6rUuDTWXKVeMSsCsqY7a0rmcL-CkQD9P3fHHD2SSNY1swXnEeBMgWwOJVBfTYrsDxNgaeXxOCheqpJq4SFwH_oVG0U/s1600/4.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7qm3ueKJtTK-aW_92YkMnyV1KTDiHvTXlKyert3LfNwj1ObaMk6rUuDTWXKVeMSsCsqY7a0rmcL-CkQD9P3fHHD2SSNY1swXnEeBMgWwOJVBfTYrsDxNgaeXxOCheqpJq4SFwH_oVG0U/s320/4.jpg" width="240" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A história de um país não se faz apenas de factos documentados e históricos. As lendas, os mitos e os actos heróicos de gente até então anónima fazem parte dessa mesma história. Pessoas do povo, gente comum, apenas imbuída de coragem e cheias de personalidade, com a qual todos nos identificamos, ajudaram a erguer este país e a pincelar com magia e feitos heróicos a imensa realidade histórica que por detrás de nós imerge. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Brites de Almeida foi uma dessas personagens. A famosa Padeira de Aljubarrota, que nasceu Brites, ajudou a enaltecer o espírito guerreiro e independente dos portugueses de então e transformou-se num ícone de coragem e de amor destemido às terras que a viram nascer. De concreto pouco se sabe desta heroína de nome Brites. Terá nascido por volta de 1350 na cidade de Faro, filha de pais humildes e trabalhadores. Desde cedo terá mostrado pouco tendência para os trabalhos femininos, dando mais importância ao confronto físico e às lutas com armas. <i>Segundo uns, era feia, alta e corpulenta, com força varonil, uma verdadeira virago de olhos muito pequenos, donde lhe veio a alcunha de Pisqueira. Acrescentam outros, ter revelado desde criança um génio irascível, temerário e desordeiro </i><span style="font-size: x-small;">(Junta de Freguesia de Aljubarrota)</span><i>.</i> A acrescentar a esta aparência masculina a nossa heroína possuía ainda seis dedos em casa mão! Bem cedo começaram as suas quezílias com o sexo oposto. <i>O filho do alcaide de Faro, <span style="font-size: x-small;">(...) </span>requestava a rapariga e não encontrando facilidades no seu desígnio, procurou conquistá-la pela força; vendo-se ofendida e desrespeitada, atirou-lhe à cabeça uma bilha de barro, que bastante o feriu. Brites de Almeida com medo de qualquer perseguição saiu de Faro e fugiu para Lisboa </i></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">(Junta de Freguesia de Aljubarrota)</span>. </div>
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<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2bSX6bM46WbmKWEUkV0Rq7ExXe9pYeD2pUcZV8ZjCf13_4ZcEQ6MlGhiYbMczuaZv-3e4Yf5i9hhevjABPtt816mxAAyAffOEhtx8naLe1W4a5HUw8LgLPlEgDjQZquvzZKtjWAJbt1k/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2bSX6bM46WbmKWEUkV0Rq7ExXe9pYeD2pUcZV8ZjCf13_4ZcEQ6MlGhiYbMczuaZv-3e4Yf5i9hhevjABPtt816mxAAyAffOEhtx8naLe1W4a5HUw8LgLPlEgDjQZquvzZKtjWAJbt1k/s200/1.jpg" width="168" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aos 26 anos ficou órfã de pai e mãe, <i>e despendeu parte do que lhe deixaram em pagar a quem lhe ensinassem jogos de armas </i><span style="font-size: x-small;">(Coreografia ou Memória Económica, Estadistica e Topográfica do Reino do Algarve, 1841)</span>. A notícia da sua valentia e destemida coragem foi-se espalhando e um soldado natural do Alentejo pediu-a em casamento. Mas Brites era uma mulher diferente de todas as outras <i>e propôs a condição de brigarem com armas prometendo-lhe a mão se fosse vencida. Aceite o desafio sucumbiu o malfadado namorado e ela teve que fugir </i></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">(</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Coreografia ou Memória Económica, </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Estadistica</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"> e Topográfica do Reino do Algarve</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">, 1841)</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i> </i>mais uma vez para não ser presa. Embarcou rumo a Faro, mas os fortes ventos levaram o barco para mar alto onde foi capturado por um navio mouro, que a fez cativa. Vendida como escrava no mercado de mulheres em Argel, passou a pertencer a um mouro rico, que segundo alguns rumores da época trabalhava para o sultão. Como todos os heróis do cinema, a nossa heroína que ainda não se tinha tornado padeira, conseguiu fugir do harém do Sultão acompanhada de dois escravos também portugueses, após ter <i>matado os seus senhores numa noite e ter conseguido encontrar uma barca e fazer-se ao mar. Acometidos de uma violenta tempestade e falecendo-lhe água e mantimentos veio ao quarto dia aportar meio morta às praias da Ericeira </i></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">(</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Coreografia ou Memória Económica, </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Estadistica</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"> e Topográfica do Reino do Algarve</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">, 1841)</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">. Tendo recuperado as suas forças e o seu alento e r</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>eceando que a reconhecessem e lhe pedissem contas da morte que tinha feito, vestiu-se de homem e começou a fazer serviço de almocreve. A sua vida de condutora de bestas de carga foi também bastante acidentada. Neste seu novo mester envolveu-se <span style="font-size: x-small;">(...)</span> em várias desordens e tendo sido acusada de outro morticínio, a Justiça tomou conta dela, encarcerando-a em Lisboa </i></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">(Junta de Freguesia de Aljubarrota)</span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">. </i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> mais uma vez a divina providência esteve do lado da nossa Brites e por não se ter conseguido provar o crime foi posta em liberdade. Cansada de tantas odisseias, rumou à pacata localidade de Aljubarrota, onde se tornou criada de uma padeira. Segundo nos conta Faustino da Fonseca <span style="font-size: x-small;">(jornalista, escritor e politico português)</span>, no seu romance intitulado </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">Padeira de Aljubarrota</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">, Brites descobriu que um dos portugueses que fugiu com ela de Argel, era o marido da padeira, de quem nada sabia há longos anos. Grata por tão importante informação a padeira tornou-se grande amiga de Brites, ao ponto de lhe ter deixado a padaria quando morreu. E foi assim que a Brites de Faro </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">se tornou</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> numa padeira da vila de Aljubarrota. </span></div>
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<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4eF3dgVGsmo51uHQNahg6F8bAoVGae3MXr44lj2k7m131qKSCkdwMpbEZRrldL8C5OWzFDJxAtki1UTZgi2ap-oXrvTuB6LKZE10bIvoYInc47mIy0q3L1hQXM-UdRo7LMMLAswsphtk/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4eF3dgVGsmo51uHQNahg6F8bAoVGae3MXr44lj2k7m131qKSCkdwMpbEZRrldL8C5OWzFDJxAtki1UTZgi2ap-oXrvTuB6LKZE10bIvoYInc47mIy0q3L1hQXM-UdRo7LMMLAswsphtk/s1600/3.jpg" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tinha Brites de Almeida cerca de 40 anos quando se deu a Batalha de Aljubarrota, no dia 14 de Agosto de 1385, que opôs as tropas portuguesas comandadas por D. João I de Portugal e pelo Condestável Nuno Álvares Pereira e o exército castelhano, liderados por D. João I de Castela. O resultado foi uma estrondosa derrota dos castelhanos tornando-se o Mestre de Avis, o rei de Portugal. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Durante a batalha de Aljubarrota, Brites de Almeida, por entre o povo da vila, assistia ansiosa ao desenrolar da batalha de qualquer ponto elevado das cercanias, e muito folgou ao ver a derrota dos espanhóis </i><span style="font-size: x-small;">(Eduardo Marreca Ferreira in Aljubarrota, 1931)</span>. Após a derrota os soldados castelhanos debandaram em todas as direcções e foi nesta fuga desordenada que passaram junto à vila de Aljubarrota, onde a nossa padeira se lançou no encalço dos castelhanos com a sua pá na mão, perseguindo uns e matando outros. <i>Consta que sete castelhanos, vendo tudo perdido, e para escaparem à geral carnificina, achando a casa da Pisqueira abandonada (por a padeira andar entretida a caçar castelhanos) se foram esconder dentro do forno. Foi ela ali dar com eles e agarrando na pá os matou. </i>O seu nome ficou para sempre ligado a este acto heróico de luta contra os opressores castelhanos. </span></div>
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<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div>
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<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
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<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7W76bI3jn2NP_kTnixobxV7CRgIynh7n4T03WQlDg7kId2Szik1Jx-5vTkP-5ptzWQvipzPlm0Z4RnwSixvx5r4FSNcvkFEPKS-vuIr-kvbbLLFk0Okyj_FQatXv9KfnVurs0a3ntQOo/s1600/5.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7W76bI3jn2NP_kTnixobxV7CRgIynh7n4T03WQlDg7kId2Szik1Jx-5vTkP-5ptzWQvipzPlm0Z4RnwSixvx5r4FSNcvkFEPKS-vuIr-kvbbLLFk0Okyj_FQatXv9KfnVurs0a3ntQOo/s200/5.JPG" width="150" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mito ou realidade fantasiada a verdade é que a Padeira de Aljubarrota era a imagem viva do sentimento que a população da altura sentia. Como escreveu Alexandre Herculano, <i>e</i></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>ste sucesso tradicional, quer real, quer fabuloso, tem em qualquer dos casos, um valor histórico, porque é um símbolo, uma expressão da ideia viva e geral aos portugueses daquele tempo, o ódio ao domínio estranho, o rancor com que todas as classes de indivíduos guerreavam aqueles que pretendiam sujeitá-los a esse domínio.</i> Brites encarnou esse sentimento e tornou-se numa lenda portuguesa. Uma mulher do povo, corajosa, destemida que enfrentava tudo e todos sem receio algum.</span></span></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSa_u6igcGY8-eMRZF1-YvOdCSZ0zKOXEQz2D03qZKefFzgp0t04KWPk0nTLWmsOHmliCjLo9B1nKrJ211j8C6yXwkI5ihf0ZcyOrVEKAcxYGXmnFvTOom8f8UDuMcABIpdLp3wdBEaVY/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSa_u6igcGY8-eMRZF1-YvOdCSZ0zKOXEQz2D03qZKefFzgp0t04KWPk0nTLWmsOHmliCjLo9B1nKrJ211j8C6yXwkI5ihf0ZcyOrVEKAcxYGXmnFvTOom8f8UDuMcABIpdLp3wdBEaVY/s200/2.jpg" width="142" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O sonho da liberdade tornou-se realidade e foram mulheres e homens como a nossa Padeira, que também ajudaram a que ele se tornasse realidade. Rezam as crónicas que a famosa pá foi escondida dentro de uma parede dos Paços do Concelho, durante o novo domínio castelhano. Embora estes a tenham insistentemente procurado nunca a encontraram. </span><i><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A pá esteve assim oculta durante os sessenta anos do domínio filipino e só tornou a aparecer à luz do dia depois da gloriosa revolução que aclamou D. João IV, Rei de Portugal. </span></span></i><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ainda hoje, em Aljubarrota, se mostra essa pá ao turista que a deseje ver.</span></i><i><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></span></i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">(Junta de Freguesia de Aljubarrota)</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>. </i></span></div>
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<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mito ou realidade, quem nos dera agora, mais vinte como ela!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><o:p></o:p></i></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-26563020820469454012012-10-26T23:39:00.000+01:002012-10-26T23:41:01.346+01:00Os alimentos "tradicionais"<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRiseEp_Nds62UASui0rPWCkxDGd1W3mE5QBJSj-MIGBSBoafEJc3-WvWCH7ZZfibqLkN6DbNSSj2BxS4SaiHCBNxsYAP4FigD9lba4zrUnGOzbZlLFN7mn_G5xOJ57hv24eFzUGFGlgE/s1600/4.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRiseEp_Nds62UASui0rPWCkxDGd1W3mE5QBJSj-MIGBSBoafEJc3-WvWCH7ZZfibqLkN6DbNSSj2BxS4SaiHCBNxsYAP4FigD9lba4zrUnGOzbZlLFN7mn_G5xOJ57hv24eFzUGFGlgE/s1600/4.jpg" /></a></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A gastronomia portuguesa é fabulosa! Por mais países que visite não encontro nem mais saber nem melhor magia em cozinhar os alimentos, do que em Portugal. Tanto na variedade de pratos, como no sabor com que os alimentos nos presenteiam, não há como a comida portuguesa! Saberes transmitidos de geração em geração mantêm a qualidade da nossa gastronomia. Os alimentos utilizados na confecção dos nossos tradicionais pratos, como a batata, o milho e o tomate, que fazem parte da nossa culinária há várias gerações, além de nos deliciarem com os seus sabores e odores, têm também</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> uma fantástica história para nos contar.</span></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKlXyitExaiEU5O27_Tf26Rro43gx0Ys76SgSCgJgagcLpsTBPBLApZePMtbT5CywCqQ__OFsA8Lqo8D8iA9u0FfaeSOL68IZCxKOrCitWWExs4tYzQGeabdjLzSe3uft3UlV5lie9beY/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="161" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKlXyitExaiEU5O27_Tf26Rro43gx0Ys76SgSCgJgagcLpsTBPBLApZePMtbT5CywCqQ__OFsA8Lqo8D8iA9u0FfaeSOL68IZCxKOrCitWWExs4tYzQGeabdjLzSe3uft3UlV5lie9beY/s200/2.jpg" width="200" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>A Batata</b> - o nome do nosso conhecido tubérculo tem origem no termo taíno <i>b</i></span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">atata </i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">(língua falada por um povo indígena pré-colombiano que habitava as Bahamas e as Grandes e Pequenas Antilhas do Norte, no Caribe)</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">. Alguns historiadores defendem que provém do termo quíchua </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">papa</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">(língua indígena da América do Sul ainda hoje falada por cerca de 10 milhões de pessoas, sendo uma das línguas oficiais da Bolívia, Perú e Equador)</span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">. Este tubérculo da família das solanáceas tem a sua origem no altiplano dos Andes </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">(planalto na zona central dos Andes, partilhado pelo Perú, Bolívia e Chile)</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> na América do Sul. Cultivada desde tempos imemoriais, foram encontrados recentemente vestígios arqueológicos deste tubérculo dentro de cavernas no Canion Chica, a 2800 metros de altitude, perto do Perú, datados de 8.000 anos aC. Em 1570 foi trazida do Perú para Europa pelos conquistadores espanhóis apenas como mera curiosidade botânica. Só em 1760 é que a batata foi introduzida em Portugal, mas apenas em 1798, no reinado de D.Maria I, surge uma portaria a incentivar o seu cultivo na Arquipélago dos Açores. A primeira grande produtora de batata foi D. Teresa de Sousa Maciel e o seu filho, primeiro Visconde de Vilarinho e São Romão, gastrónomo, foi o grande impulsionador do cultivo e consumo da batata, tendo publicado dois livros intitulados <i>Manual Prático do Cultivo da Batata </i>e a <i>Arte do Cozinheiro e do Copeiro</i>,<i> </i>este em 1841. A batata passou rapidamente a ser a base da alimentação portuguesa.</span></div>
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<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Com o passar do tempo a batata tornou-se um dos vegetais mais utilizados na alimentação humana a nível mundial, sendo conhecidas actualmente mais de 3000 espécies. Uma recente pesquisa realizada no Perú, baseada no DNA, comprovou que todas as variedades existentes da batata descendem de uma única variedade da planta originária do sul do Perú. Actualmente são produzidas por ano, a nível mundial, mais de 300 000 000 toneladas de batatas.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivJ0MKPUiGvMu2ss0cOrxYBNZnKGaW6M_adBiHoSIRVmbQ9uhkoQ7Yi2vM3F5yZGddLGeefHl0qLxGo2vskNR_UZg_GJMLi8CGQhqh9hc4O89WJqKWCMDVBsurpPwkoFwwwHWL1l__UmQ/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="140" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivJ0MKPUiGvMu2ss0cOrxYBNZnKGaW6M_adBiHoSIRVmbQ9uhkoQ7Yi2vM3F5yZGddLGeefHl0qLxGo2vskNR_UZg_GJMLi8CGQhqh9hc4O89WJqKWCMDVBsurpPwkoFwwwHWL1l__UmQ/s200/3.jpg" width="200" /></a>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>O Milho</b> - é um cereal conhecido mundialmente, com excelentes qualidades nutricionais. É um dos alimentos mais nutritivos que existe, contendo na sua composição dezoito dos vinte aminoácidos conhecidos <span style="font-size: x-small;">(apenas não contem a lisina e o triptofano)</span>. O seu nome provém da palavra latina <i>miliu</i> e é a variante domesticada do teosinto <span style="font-size: x-small;">(gramínea silvestre semelhante ao milho mas de menor tamanho, considerada a sua ancestral)</span>. A domesticação do milho há 7500 a 12 000 anos atrás na área central da Mesoamérica <span style="font-size: x-small;">(região que engloba o sul do México, a Guatemala, El Salvador, Belize e as regiões ocidentais da Nicarágua, Honduras e Costa Rica)</span>. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Todas as evidências cientificas apontam para que seja de origem mexicana.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os primeiros registos de cultivo de milho datam de 7 300 anos atrás. O seu nome indígena significava <i>sustento da vida</i> tal era a sua importância na alimentação. O milho foi a base da alimentação de várias civilizações ao longo dos tempos: da civilização Olmeca <span style="font-size: x-small;">(civilização-mãe de todas as civilizações mesoamericanas, que se desenvolveu de 1500 a 400 aC)</span>, Maia, Asteca e Inca, que reverenciavam este cereal na arte e na religião. Cerca de 2 500 aC o cultivo do milho começou-se a espalhar para as regiões circundantes à Mesoamérica e no século XVI com as grandes navegações e a colonização americana a cultura do milho expandiu-se para outras as partes do mundo. Em Portugal foi introduzido em meados do século XVI, entre os anos 1515 e 1525, inicialmente no baixo Mondego, propaga-se rapidamente para as zonas interiores e para o Sul do país. Para o distinguir dos cereais do tipo do milho já existentes em Portugal - o painço e o milho miúdo de menor dimensão - os portugueses designaram o novo cereal como milho graúdo ou milho de maçaroca. Esta nova aquisição torna-se muito mais rentável do que o painço, pois a maturação do grão bastante maior, faz-se em apenas quatro ou cinco meses. Rapidamente o milho graúdo tornou-se líder e senhor dos cereais em Portugal, e a sua introdução foi uma das maiores contribuições dos Descobrimentos para a arte da panificação portuguesa. A introdução do seu cultivo veio alterar gradualmente a paisagem do Norte do país, onde actualmente são cultivados mais de 18.000 hectares de milho, e até a arquitectura foi influenciada por este cereal, com a construção dos tão conhecidos espigueiros de pedra.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7dFix5jfd-GWQrB0sCMumKHNBjccIzdHy1-ljw8Z6GskhqSKv-n-bQbvr2vJQB1K9d_TmSyeGOT0Ia13eo8nIt_suiHctjhUX9XRuch1JGCWbpmTATiRGZTr1Kezf8L_Fid8faVVQS74/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="127" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7dFix5jfd-GWQrB0sCMumKHNBjccIzdHy1-ljw8Z6GskhqSKv-n-bQbvr2vJQB1K9d_TmSyeGOT0Ia13eo8nIt_suiHctjhUX9XRuch1JGCWbpmTATiRGZTr1Kezf8L_Fid8faVVQS74/s200/1.jpg" width="200" /></a>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>O Tomate</b> - este conhecido fruto vermelho do tomateiro, é muitas vezes denominado erradamente como legume. Deve o seu nome à palavra <i>tomatl</i> da língua nauatle também denominado de asteca, falada por cerca de um milhão e meio de náuatles, povo indígena que habita a alta planície mexicana. A sua origem não é consensual. Enquanto a maioria dos botânicos afirma que a origem do cultivo e do consumo do tomate se deve à civilização Inca, outros afirmam que é proveniente do México, por o nome do tomate ter origem na língua local. Existe no entanto consenso quanto ao facto de este fruto ser cultivado e consumido pelas civilizações Inca, Maia e Asteca antes de ser levado para a Europa. Inicialmente considerado venenoso pelos europeus, pela sua associação às mandrágoras, planta da mesma família do tomate <span style="font-size: x-small;">(Família das Solanaceae) </span>usada em feitiçaria, era apenas utilizado como planta ornamental de jardim. A sua entrada na Europa, segundo os registos documentais existentes, fez-se através da cidade espanhola de Sevilha no século XVI. Consumido e cultivado em pequena quantidade no continente europeu, foi apenas no século XIX que o tomate começou a ser cultivado e consumido em grande escala pelos europeus. Inicialmente em Itália, onde os italianos lhe chamaram o pomo de ouro - <i>il pomodoro, </i>depois em França, Espanha e Portugal, quando finalmente os povos do sul da Europa afastaram a dúvida sobre a associação do tomate à feitiçaria. O fruto vermelho passou a ser um dos principais ingredientes da cozinha mediterrânica. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em 2012 Portugal produziu 1,2 milhões de toneladas de tomate, sendo o segundo maior produtor mundial deste saboroso fruto, só atrás do estado americano da Califórnia.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em pouco mais de um século estes três exemplares tornaram-se parte da nossa história. Enraizados na cultura e tradições portuguesas ninguém diria que não existiram no nosso país desde sempre. Em tão pouco tempo os nossos ancestrais foram capazes de fazer nascer tradições e saberes à volta destes alimentos que ficarão para sempre ligados ao que é ser Português!</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">Nota: Imagem principal obtida em saborehistorias.blogspot.com</span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-60942046202675240462012-10-19T23:41:00.000+01:002012-10-19T23:41:38.440+01:00A Escova de Dentes<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgme9T0SHzbOSn8nJE3FTfnR1tt7V4tWA-1MLcoTSSvMHBGiPTwRAf9XoAvcdBNYJubmRSTe9wtqskSdcDO5ctVjNLWIUbLzNbbeQyYQVbOi7IZZBkdVBQJEbE6zCUeZXfbO4BCnUZQfX8/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgme9T0SHzbOSn8nJE3FTfnR1tt7V4tWA-1MLcoTSSvMHBGiPTwRAf9XoAvcdBNYJubmRSTe9wtqskSdcDO5ctVjNLWIUbLzNbbeQyYQVbOi7IZZBkdVBQJEbE6zCUeZXfbO4BCnUZQfX8/s1600/3.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A escova de dentes faz parte do nosso dia-a-dia. Encontramos-nos com ela pelo menos uma três vezes por dia e nem nos passa pela cabeça deixar de a usar. Desde a infância somos ensinados a usar a nossa amiga escova, de forma a podermos manter uma adequada higiene oral. De diferentes tamanhos, de diferentes marcas, "vestidas" das mais diversas formas e de variadíssimas cores, a escova que nos esfrega os dentes anda na <i>boca de toda a gente. </i>Mas nem sempre foi assim...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A necessidade de limpar os dentes é tão antiga como o próprio homem. Escavações arqueológicos encontraram num túmulo egípcio, com cerca de cinco mil anos, aquela que pode ser considerada a mais antiga escova de dentes. O artefacto descoberto consistia num ramo de uma planta que apresentava a sua extremidade toda desfiada, de forma a que as fibras da madeira funcionavam como cerdas. </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfKqsf4w_EAsUA_61cWGpQds7U4Jqn25lzkOkk-esmzotWlrwWcRkVjnHvkqFQIWmTBdg9TqNkfgZBMSVxEuF51UVwsswACWE_7-VjyW88GMWWnu7K9xQEc7kU-YrVAc5iQmjQ0G6UUYM/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfKqsf4w_EAsUA_61cWGpQds7U4Jqn25lzkOkk-esmzotWlrwWcRkVjnHvkqFQIWmTBdg9TqNkfgZBMSVxEuF51UVwsswACWE_7-VjyW88GMWWnu7K9xQEc7kU-YrVAc5iQmjQ0G6UUYM/s1600/2.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na região da antiga Babilónia foi descoberto um tipo de vara de mascar datada de 3500 aC, que fazia o papel de escova de dentes. Na literatura grega, romana e egipcía foram encontradas referências a um tipo de palitos de madeira usados para a limpeza dos dentes. Esses <i>palitos</i> eram mastigados até que as fibras da madeira se tornassem moles, de forma a poderem ser usadas para retirar os restos de alimentos dos dentes sem magoarem as gengivas. No século IV aC um médico grego de nome Diocles de Caristo, receitava aos seus pacientes folhas de hortelã para esfregar nos dentes e nas gengivas, de forma a poder combater o mau hálito e as infecções da boca, tão comuns na época. Na China, por volta de 1600 aC eram usados pequenos galhos de plantas aromáticas não só para a limpeza dos dentes mas também para refrescar a boca.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A importância que a saúde dos dentes assumiu na Roma antiga foi tal, que os nobres romanos possuíam escravos apenas com a tarefa de executar diariamente a sua higiene oral, através de uma mistura de areia, ervas e cinzas de ossos. Até o</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> profeta Maomé recomendava aos seus seguidores a utilização de uma haste de madeira aromática que se fosse esfregada várias vezes produziria uma pasta que servia para limpar e clarear os dentes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por volta do ano 1490 os chineses inventaram o primeiro prototipo da escova de dentes actual: uma haste de bambú ou de um fino osso onde eram colocados vários pelos de porco na extremidade. Na Europa esta invenção foi também adoptada, mas os pelos de porco por serem muito duros e causarem lesões nas gengivas foram substituídos por pelos de crina de cavalo, bastante mais suaves.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7CMmn-pHAAWEM3JjJa3sMuc8ParMqEGOYNuevY9_kq7uvEPS_wF6c-wVRjW_mAMNXh7H2WfNJV6K7MkXl9ygZe9dEpnDjEWewVVnfETIv29GD6hF5e5I7vp7YbFGdh7Sw8nhfF0r_130/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7CMmn-pHAAWEM3JjJa3sMuc8ParMqEGOYNuevY9_kq7uvEPS_wF6c-wVRjW_mAMNXh7H2WfNJV6K7MkXl9ygZe9dEpnDjEWewVVnfETIv29GD6hF5e5I7vp7YbFGdh7Sw8nhfF0r_130/s1600/1.jpg" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No entanto, a invenção da escova de dentes é atribuída a um comerciante britânico de nome William Addis. Em 1770 foi preso por ter participado num motim e durante a sua permanência na prisão inventou a base daquilo a que nós hoje apelidamos de escova de dentes inspirando-se numa vassoura comum. Utilizando um fino osso de animal de uma das suas refeições, fez doze pequenos furos numa das extremidades, onde colou pequenos tufos de cerdas de javali. Quando saiu da prisão substituiu os pelos de javali, como antes os europeus já tinham feito, por pelos da crina de cavalo e iniciou a comercialização da primeira escova de dentes. A empresa Wisdom, criada por William Addis em 1780 para a produção de escovas de dentes, ainda existe hoje, sendo actualmente uma das maiores empresas de higiene oral do mundo. Como todas as invenções, a escova de dentes era de elevado preço sendo apenas acessível às camadas da população mais abastadas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFlZ35cM3SQ0b-v5tB7roI4EtTTBH06qnsuKtWzS98qtLv9XfBznlcOfl0xIprZFaCwS3bbr5prtxPJ5fmgEBBTdiHhlBPNPr3KaDW-miiBGBb2ZHUagNRAhexvghg01ZVrRSS1_K0xXY/s1600/3.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFlZ35cM3SQ0b-v5tB7roI4EtTTBH06qnsuKtWzS98qtLv9XfBznlcOfl0xIprZFaCwS3bbr5prtxPJ5fmgEBBTdiHhlBPNPr3KaDW-miiBGBb2ZHUagNRAhexvghg01ZVrRSS1_K0xXY/s200/3.jpeg" width="160" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em 1935, Wallace Hume Carothers, químico
e investigador dos Estados Unidos, criou um polímero a que deu o nome de
nylon e foi esta descoberta que permitiu a expansão do uso da escova de dentes a outros segmentos da sociedade. A empresa Wisdom passou a produzir em 1939 escovas de dentes com cerdas de nylon, tornando o valor de cada uma bastante mais acessível. Mesmo assim o preço de cada escova era ainda bastante elevado. Em 1940 uma companhia americana lançou a escova de dentes <i>Doctor West Miracle – Tuft</i>, que era vendida a 50 centavos de dólar, o que hoje corresponderia a 8 dólares! Com o aumento da produção as escovas de dentes tornaram-se mais baratas e actualmente são acessíveis a todas as camadas da população. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">De simples varas de madeira transformaram-se em escovas de dentes ergonómicas, eléctricas e com uma panóplia de novas tecnologias, de tal forma que actualmente se torna difícil escolher uma! As escovas de dentes são essenciais à nossa higiene oral, mas não era necessário tornar-nos a vida tão difícil de cada vez que temos que tomar a decisão de comprar uma...</span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-11233516930180999172012-10-14T22:24:00.001+01:002012-10-14T22:32:39.311+01:00A Carpideira<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWlZqeqyZhohXsWbwLAMeUOKlRmwtzrIkf1GnM0zc9vPsKPaJj3Xu4a3ijvBL66I4APrleedChFc_yjssaWUNsvRTKn-Cbj3wYvZjrCgo2aj_bchIEzveR4gCQqqW7-92aTYgKh7R7zZE/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWlZqeqyZhohXsWbwLAMeUOKlRmwtzrIkf1GnM0zc9vPsKPaJj3Xu4a3ijvBL66I4APrleedChFc_yjssaWUNsvRTKn-Cbj3wYvZjrCgo2aj_bchIEzveR4gCQqqW7-92aTYgKh7R7zZE/s1600/1.jpg" /></a></div>
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A
Carpideira, profissão exclusivamente feminina, tinha como única função chorar
um defunto alheio. A carpideira tem uma tradição milenar. Esta <i>profissional do choro e da do</i>r era contactada para acompanhar os velórios e chorar pelos mortos,
mediante um acordo monetário com a família do defunto. </span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 18px;">No Antigo Testamento, existem várias referências a mulheres profissionais do pranto e do luto, conhecidas pela alcunha de </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 18px;">carpideiras</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 18px;">, ou aquelas que são fontes de lágrimas:</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;"> </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><span style="line-height: 115%;">Considerai,
e chamai carpideiras que venham; e mandai procurar mulheres hábeis, para que
venham. </span></i><span style="line-height: 115%;"><i>E se apressem, e levantem o seu lamento sobre nós; e desfaçam-se em lágrimas
os nossos olhos, e as nossas pálpebras destilem águas </i><span style="font-size: x-small;">(</span></span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">Jeremias 9:17-19)</span><i style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;">. </i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;">T</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">inham como principal tarefa provocar uma atmosfera de </span><span style="line-height: 18px;">tristeza, entoando cânticos fúnebres</span><span style="line-height: 115%;"> e </span><span style="line-height: 18px;">chorando</span><span style="line-height: 115%;"> em voz alta e com grande </span><span style="line-height: 18px;">encenação</span><span style="line-height: 115%;">. A carpideira aliava à técnica do choro e do cântico
fúnebre as artes </span><span style="line-height: 18px;">cénicas</span><span style="line-height: 115%;"> Eram especialistas em representar e encenar situações
que visavam provocar nas outras pessoas o choro e a dor. Na antiga Roma, não havia velório sem carpideiras e quantas mais houvessem, mais importante era a pessoa falecida.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Que mulher é essa<br />
Contratada para chorar<br />
Como se o choro fosse um canto,<br />
Para a alma do morto levar.<br />
Tem carpideira que canta,<br />
Tem carpideira que chora...<br />
Todas elas acalantam<br />
A alma que vai embora.<br />
Antiga profissão,<br />
Que ainda hoje vigora,<br />
Contratadas para chorar<br />
No lugar de quem não chora. </i></span></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 115%;">(</span><span style="line-height: 115%;">Fernando
Lima)</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 115%;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;">A ladainha, a encenação e a postura corporal tipicamente usadas pelas mulheres do luto está bem demonstrado neste pequeno filme.</span></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 18px;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/8iEoWiQ1wQU?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pouco se ouve falar actualmente das carpideiras apesar de ainda existirem algumas escondidas nas mais recônditas aldeias portuguesas. Choraram durante séculos os mortos alheios e na história serão lembradas como as actrizes que representaram no palco da vida real!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 115%;"><br /></span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-80384432485208695902012-10-04T17:16:00.001+01:002012-10-04T17:16:53.069+01:00A República<div style="text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj80-r9_Emr1n2NrfMhA8DtcRNvR9YZBzyZqmlU3bBw6ktj4shhiIMsk_Xuu-RCJ9AfZcKVIwLMvck1ajQsIeBCbGFRcrJSDsIIphViR0DvpFW1xTOko3DbDMqDK0jUkctoHD8mZU8PORY/s1600/32.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj80-r9_Emr1n2NrfMhA8DtcRNvR9YZBzyZqmlU3bBw6ktj4shhiIMsk_Xuu-RCJ9AfZcKVIwLMvck1ajQsIeBCbGFRcrJSDsIIphViR0DvpFW1xTOko3DbDMqDK0jUkctoHD8mZU8PORY/s320/32.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Amanhã comemora-se o dia 5 de Outubro, o dia da implantação da República. Há 102 anos deixamos de ser um país monárquico e passamos a ser regidos por republicanos. O Partido Republicano Português, criado em 1876, após um golpe de estado, destituiu a monarquia e implementou o regime republicano em Portugal. O seu objectivo era devolver ao país o prestígio perdido e colocar Portugal na senda do progresso...102 anos depois ainda temos esse mesmo objectivo!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Foi formado um Governo Provisório Português : <i>Hoje, 5 de Outubro de 1910, às onze horas da manhã, foi proclamada a República de Portugal na sala nobre dos Paços do Município de Lisboa, depois de terminado o movimento da Revolução Nacional. Constituiu-se, imediatamente o Governo Provisório: Presidência, Dr. Joaquim Teófilo Braga. Interior, Dr. António José de Almeida. Justiça, Dr. Afonso Costa. Fazenda, Basílio Teles. Guerra, António Xavier Correia Barreto. Marinha, Amaro Justiniano de Azevedo Gomes. Estrangeiros, Dr. Bernardino Luís Machado Guimarães. Obras Públicas, Dr. António Luís Gomes </i><span style="font-size: x-small;">(Diário do Governo, 6 de Outubro de 1910).</span> <span style="line-height: 17px;">Com o novo regime politico, os símbolos nacionais também foram alterados. </span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Na monarquia o rei tem um corpo físico e portanto é uma pessoa reconhecível e reconhecida pelos cidadãos. Mas a república é uma ideia abstracta </i><span style="font-size: x-small;">(Nuno Severiano Teixeira)</span>. <span style="line-height: 17px;">Foi criada uma Comissão a 15 de Outubro para desenvolver os novos símbolos que passariam a representar a nação: a bandeira, o hino e o busto da República.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;">Ao longo dos anos a história foi-se escrevendo e reescrevendo. Pedaços dessa história chegaram até nós graças ao empenho dos Arquivos e de muita gente anónima, que preservaram documentos e imagens que são de todos nós. Concordando ou discordando a história fez-se e hoje somos resultado dessas acções que a história nos conta. Aqui ficam alguns exemplos de documentos alusivos à Implantação da República no nosso país, que o Arquivo Distrital do Porto, digitalizou e disponibilizou para consulta. </span></span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;"><br /></span></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Telegramas
enviados pelo Sr. Ministro do Interior – António José
de Almeida, respeitantes à proclamação da República. Indicação
para nomeação de cargo <span style="font-size: x-small;">(Governador Civil do Porto)</span>. Mensagem hostil referente a
Pimentel Pinto, e à sua aceitação da implantação da República <span style="font-size: x-small;">(Arquivo Distrital do Porto)</span>.</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5kEvLHEw_V7O4DxAZHbj8uVkjOGS70XYdXUumADQdDgNaVGIOTl-72td2228O4MezVK2CB-WGCWPb6sChRgJ7Kp3Wf6C4kvLr07QHb82Z3vxuZq_9919F3SRslHr8cxW31HC02q2RMqM/s1600/telegrama.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="271" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5kEvLHEw_V7O4DxAZHbj8uVkjOGS70XYdXUumADQdDgNaVGIOTl-72td2228O4MezVK2CB-WGCWPb6sChRgJ7Kp3Wf6C4kvLr07QHb82Z3vxuZq_9919F3SRslHr8cxW31HC02q2RMqM/s320/telegrama.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pedido para que o Dr. Paulo Falcão assuma responsabilidades de Governador Civil do Porto </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18px;">(Arquivo Distrital do Porto)</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 18px;">.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjshrnT_MErNNTgp9Wcng7ZG6Dek5HkljfsWLv_T-ubMk7JTxLsCxQlaFiYV0tveGt9zzPIdjjdrXiCFqFJxwz5XtmlIDi4wMdmBEr40WsPnCMYru92bwwsjooWpcMh3sxw2ryn4EI7q_Q/s1600/Governador+do+Porto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="271" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjshrnT_MErNNTgp9Wcng7ZG6Dek5HkljfsWLv_T-ubMk7JTxLsCxQlaFiYV0tveGt9zzPIdjjdrXiCFqFJxwz5XtmlIDi4wMdmBEr40WsPnCMYru92bwwsjooWpcMh3sxw2ryn4EI7q_Q/s320/Governador+do+Porto.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Comunicação emitida pelo Sr. Ministro do Interior – António José de </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Almeida,</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> respeitante às alterações que as Câmaras Municipais deverão sofrer, especialmente, a sua substituição por Comissões Municipais </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18px;">(Arquivo Distrital do Porto)</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 18px;">.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgncsbY3Q5NbkXokCXtWPoUaIxJr6u9kgp0Q5rkzgQnRnbNbNrTRPvR4lrBnCT3I4L-zN9MY0zbTqW4Vmq4K8iQvtyxjQ9fR95m2ES_9EosQLlv7wBfrWDPOYfOYS8_gInXxzQRLJ9Ma9o/s1600/Camaras.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="273" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgncsbY3Q5NbkXokCXtWPoUaIxJr6u9kgp0Q5rkzgQnRnbNbNrTRPvR4lrBnCT3I4L-zN9MY0zbTqW4Vmq4K8iQvtyxjQ9fR95m2ES_9EosQLlv7wBfrWDPOYfOYS8_gInXxzQRLJ9Ma9o/s320/Camaras.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Comunicação emitida pelo Sr. Ministro das Finanças - José Relvas, solicitando que os Governadores Civis reunissem o maior número de cidadãos com elevada influência na comunidade, com o intuito de lhes transmitir o estável estado em que as finanças públicas se encontravam. Solicita ainda que transmita às delegações da Caixa Geral de Depósitos orientações para tranquilizar os seus depositantes </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small; line-height: 18px;">(Arquivo Distrital do Porto)</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 18px;">.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiqKq1BC-AiA_o7qtccVzHMN1mtGPW3EE60UOiBC6-1z0XocXzQvuuEsV4285KnJrjK9pKONSOdEVGO-GCOSVGfuMFzd9SS1M8qTlj9Z_OdeDroLHYjhCjVqRoLy1YWrrMtrhg6BmGW20/s1600/finan%C3%A7as.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="273" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiqKq1BC-AiA_o7qtccVzHMN1mtGPW3EE60UOiBC6-1z0XocXzQvuuEsV4285KnJrjK9pKONSOdEVGO-GCOSVGfuMFzd9SS1M8qTlj9Z_OdeDroLHYjhCjVqRoLy1YWrrMtrhg6BmGW20/s320/finan%C3%A7as.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não deixa de ser curioso que o nome do Ministro das Finanças da altura, fosse José Relvas! A história às vezes prega-nos partidas...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-86196944993996994442012-09-28T17:50:00.000+01:002012-09-28T17:50:46.702+01:00O Vira do Minho<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-2b3kof7dVn6cdJp7cmygDGUE3RWK0jCnhslqr6G2n-xkK9kPPhapg6xT8LftYHW-FYdYBOHQ0Vd4FdzdmmKyVCRoyjprSCOj3yZh9steQwnDQcACIkOvvSBWq1RChRDTKJqmINIY68s/s1600/18.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-2b3kof7dVn6cdJp7cmygDGUE3RWK0jCnhslqr6G2n-xkK9kPPhapg6xT8LftYHW-FYdYBOHQ0Vd4FdzdmmKyVCRoyjprSCOj3yZh9steQwnDQcACIkOvvSBWq1RChRDTKJqmINIY68s/s1600/18.jpg" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O Vira é a dança rainha do Minho, e faz parte do folclore português. <i>Dispostos em roda os pares de braços erguidos, vão </i></span><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">girando vagarosamente no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. Os </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">homens vão avançando e as mulheres recuando. A situação arrasta-se até que </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">a voz de um dançador se impõe, gritando fora ou virou. Dão meia-volta pelo </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">lado de dentro e colocam-se frente-a-frente com a moça que os precedia.</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Este movimento vai-se sucedendo até todos trocarem de par, ao mesmo tempo que </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">a roda vai girando, no mesmo </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">sentido. Mas este é apenas o mais </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">simples dos viras de roda, pois </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">outros há com marcações mais </span></i><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">complexas. E são muitos os nomes </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">em que se desdobram: vira, </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">fandango de roda, fandango de </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">pares, ileio, tirana, velho, serrinha, </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">estricaina, salto, entre outros. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Viana é famosa quando se trata de encenar o vira. Mas não é a única. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Chegamos à região de Braga e logo nos surge o vira galego, despido da </span></i><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">opulência primitiva, como o caracterizou, Pedro Homem de Mello</i> <span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">(Semibreves, Música Tradicional Portuguesa)</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">. Neste pequeno filme da autoria de Michel Giacommeti, datado de 1970, podemos ver o famoso Vira do Minho dançado na sua forma mais rústica, onde as personagens principais são populares que se juntaram para o dançar. Sem vistosos trajes característicos, mas com a roupa de trabalho, sem grande organização mas com a beleza da simplicidade, este filme transmite-nos como teria sido dançado no passado o Vira do Minho. Tomaz Ribas, </span><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">escritor,
etnólogo e crítico de teatro português, c</span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">onsidera
o Vira uma das mais antigas danças populares portuguesas, salientando que já Gil Vicente</span><span style="line-height: 115%;"> a
ele fazia referência na peça Nau de Amores, em 1527</span><span style="line-height: 115%;">, onde o dava como uma
dança do Minho.</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<object width="320" height="266" class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="http://0.gvt0.com/vi/q0hypSHnR_A/0.jpg"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/q0hypSHnR_A&fs=1&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed width="320" height="266" src="http://www.youtube.com/v/q0hypSHnR_A&fs=1&source=uds" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true"></embed></object></div>
<br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">Nota: Imagem de Dom Paio Global</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-62019297905542275192012-09-23T18:31:00.001+01:002012-09-23T18:58:39.807+01:00Viriato:O Herói Lusitano<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_20xsrWctNLI5kAIwrsvvoHGk6N6NUFusKZNQUBq0IadIawVXsS9DPHiK7_n4cRfavRiUorKW6VEds7FlFwEVq5Ko64V9aSTDbo1KY3lYARHAP2Jpd2mgj56eTc5wbRZyb8rC4SFoTOA/s1600/12.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_20xsrWctNLI5kAIwrsvvoHGk6N6NUFusKZNQUBq0IadIawVXsS9DPHiK7_n4cRfavRiUorKW6VEds7FlFwEVq5Ko64V9aSTDbo1KY3lYARHAP2Jpd2mgj56eTc5wbRZyb8rC4SFoTOA/s1600/12.jpg" /></a><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se a alma que sente e faz
conhece,</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Só porque lembra o que
esqueceu,</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vivemos, raça, porque houvesse</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Memória em nós do instinto
teu. </span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nação
porque reencarnaste,</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Povo porque ressuscitou</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ou tu, ou o de que eras a
haste,</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Assim se Portugal formou.</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Assim era Viriato nas palavras do
grande poeta português Fernando Pessoa, no seu livro a <i>Mensagem.</i> Herói
lusitano do imaginário português, Viriato tornou-se uma personagem épica pela
sua heróica resistência ao domínio e ao Império Romano. Muito se tem
escrito sobre este homem que viveu na Lusitânia, mas muito pouco se sabe ao
certo. <i>O seu nome, Viriato deriva do ibérico viria, que
significa pulseira, uma abreviatura da palavra celta viriola </i><span style="font-size: x-small;">(Mauricio
Pastor Munoz, in <i>Viriato: A luta pela liberdade</i>)</span>. <i>Viriato
é originário da Lusitânia Ocidental, que confina com o Oceano, e mais
precisamente da montanha. A sua pátria parece ter sido a Serra da Estrela <span style="font-size: x-small;">(Mons
Herminius)</span>, que domina a região situada entre o Tejo e o Douro </i><span style="font-size: x-small;">(Adolf
Schulten, arqueólogo, historiador e filólogo alemão do século XIX)</span><i>. </i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiodKcwrLEPPNzkyxMANfwlMGITb9KzoY3G_JRWiCo1tBNgulA3nxBXQ_1iL_Er0HxVYyNggzp13xZMPLfFFGvoOd_SfIEFMr4Uqdg1z3x2iPBvI8kgAdjm1F1NBWNyCF3iX3P7_-O8dj8/s1600/16.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiodKcwrLEPPNzkyxMANfwlMGITb9KzoY3G_JRWiCo1tBNgulA3nxBXQ_1iL_Er0HxVYyNggzp13xZMPLfFFGvoOd_SfIEFMr4Uqdg1z3x2iPBvI8kgAdjm1F1NBWNyCF3iX3P7_-O8dj8/s1600/16.jpg" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pouco
se sabe da vida de Viriato: não se conhece o nome dos pais, nem tão pouco o seu
ano de nascimento. Estima-se que tenha nascido por volta do ano 170 a 190 aC.
Apesar de imortalizado por Brás Garcia Mascarenhas, <span style="font-size: x-small;">(militar e poeta
português do século XVI)</span> na sua ode <i>Viriato Trágico</i> como
um simples pastor, Viriato <i>pertencia a um dos clãs aristocráticos dos
Lusitanos, e não era um simples guardador de rebanhos, antes proprietário de
cabeças de gado </i><span style="font-size: x-small;">(Mauricio Pastor Munoz, in <i>Viriato: A luta
pela liberdade</i>)</span>. Fez-se bandoleiro, pertencente a Confrarias de Guerreiros, que saqueavam as regiões mais ricas das planícies
do Sul. <i>Nesta vida andava Viriato, quando o pretor romano Galba, furioso
pelas derrotas que os lusitanos haviam imposto às legiões romanas <span style="font-size: x-small;">(...)</span> fingiu <span style="font-size: x-small;">(...)</span> sinceros
desejos de paz, oferecendo-lhes férteis campos da Betica </i><span style="font-size: x-small;">(actual
Andaluzia) </span><i><span style="font-size: x-small;">(...) </span>muito superiores aos ásperos montes em que
viviam. <span style="font-size: x-small;">(...)</span> Eles o julgaram sincero e em grande número se
apresentaram desarmados nos lugares que haviam sido designados para concluir a
proposta da convenção. Porém o traidor Galba, cercando-os com as legiões que
tinha ocultas, os fez barbaramente acometer a assassinar </i><span style="font-size: x-small;">(Archivo
Popular, nº 20 de 12 de Agosto de 1836)</span><i>.</i> Mais de 9.000 lusitanos
foram mortos, 20.000 escravizados e enviados para a Gália e apenas cerca de 1.000 lusitanos sobreviveram. Entre eles encontrava-se Viriato. Conhecedor
das técnicas de batalha dos romanos, dos anos de guerrilhas que com eles tinha
travado, reuniu os sobreviventes do massacre, e começou por introduzir nos
lusitanos a ordem e a disciplina, formando um exército. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRR4mEnBT6hlQ9-sOkpwNURm9SAr18yD99bq9iJFwMi4BAmBp1LJSkYL6zec3brDWm0igGKhXwWrDU-4Sa20kyftLKbU8y4wbof3rcQjJPU9AObq3OLRYgKaa28ZkNrJ-_slxGYlDdyvg/s1600/15.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRR4mEnBT6hlQ9-sOkpwNURm9SAr18yD99bq9iJFwMi4BAmBp1LJSkYL6zec3brDWm0igGKhXwWrDU-4Sa20kyftLKbU8y4wbof3rcQjJPU9AObq3OLRYgKaa28ZkNrJ-_slxGYlDdyvg/s1600/15.jpg" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Conquistando progressivamente zonas como Segóbriga,
Mancha e a Bética, tornou-se uma
preocupação para os Romanos a partir de 143 a.C. Um dos combates mais importantes que travou contra as forças romanas foi o de Erisane <span style="font-size: x-small;">(situada no sul da Andaluzia)</span> onde em 141 aC. conseguiu fazer um cerco ao exército romano liderado por Fábio Máximo Serviliano. Este confronto foi decisivo por marcar o fim da resistência armada oposta a Roma, tendo Viriato obrigado Roma a um acordo com o Senado romano, onde os Lusitanos viam a sua independência reconhecida, passando Viriato a possuir o estatuto de amigo do povo romano</i><i>. </i></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O seu casamento com a única filha de Astolpas, um grande proprietário da Bética, p</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">or quem se apaixonou, demonstra bem o carácter simples e despojado de Viriato. Apareceu vestido de guerreiro com a sua lança na mão, e durante o banquete recusou os manjares que lhe ofereceram. Não se banhou e não ocupou o seu lugar à mesa, criticando a ostentação do sogro. <i>Embora a mesa estivesse repleta de manjares requintados e de todo o tipo de comidas, apenas tirou pão e carne e repartiu-os entre aqueles que tinham viajado com ele. Depois tirou alguma comida para si e ordenou-lhes que fossem buscar a noiva </i></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">(Mauricio Pastor Munoz, in </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;">Viriato: A luta pela liberdade</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Estrabão
definiu a Lusitânia de Viriato como <i>a mais poderosa das nações da
Península Ibérica, a que, entre todas, por mais tempo deteve as armas
romanas. </i>Viriato conseguiu não apenas a unificação dos
diferentes clãs lusitanos mas também comandar tranquilamente, sem cisões
internas, durante oito a dez anos. Diodoro da Sicília, historiador e filósofo grego do século I
a.C, afirmou que <i>enquanto ele comandava, ele foi mais amado do que
alguma vez alguém foi antes dele. </i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjApd5F9aTx-SGXwMxGkHFISOQgxtSXZ8VwZPni_WRTBI3C73bP5oWzxgVce2zBTHzwWFMCQgwyHWaBczEtfMXI03_2RM3VHsjMKvq1M1YTujewu0gE10mMF3DHRrKBOeGK_Tq6j5QN1o/s1600/13.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjApd5F9aTx-SGXwMxGkHFISOQgxtSXZ8VwZPni_WRTBI3C73bP5oWzxgVce2zBTHzwWFMCQgwyHWaBczEtfMXI03_2RM3VHsjMKvq1M1YTujewu0gE10mMF3DHRrKBOeGK_Tq6j5QN1o/s1600/13.jpg" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No entanto Roma não esqueceu o
vexame que tinha sofrido às mãos de uns quantos <i>bárbaros </i>lusitanos,
pelo que anula o tratado firmado e declara novamente guerra
à Lusitânia. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Roma envia novo general, de nome Servílio Cipião, para reiniciar os combates. Viriato, com a maior parte do seu exército já desmobilizado e com poucos meios de defesa, vê-se obrigado a recorrer a um novo tratado de paz. Envia três guerreiros de sua confiança, de nomes Audas, Ditalco e Minuros, para negociarem o
acordo. Cipião recorre ao suborno dos companheiros de Viriato, que em troca de dinheiro e
terras, assassinaram o seu chefe enquanto dormia. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Viriato
perdeu a vida e os lusitanos perderam o seu grande líder e o seu sonho de
liberdade. Roma, a super potência da época, que se intitulava arauto
da civilização, venceu de forma inglória e apenas recorrendo à traição. Depois
da morte de Viriato, Roma rapidamente os subjugou ao seu
poder e a Lusitânia de Viriato curvou-se ao domínio do império Romano.
Viriato tornou-se um herói, imagem de liberdade e de respeito pela diferença.
Líder justo, de simples costumes, de personalidade forte e carismática,
corajoso e defensor da liberdade foi cantado e homenageado durante séculos.
Chegaram até nós vários poemas que a ele se referem, como este de Brás Garcia
de Mascarenhas:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Canto um Pastor, amores, e
armas canto,</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhQtQ2hBORtZG-IsC7c_nHHF_XUoOo9GKYobz_ik8uP7ZhRL_zN7bHlnH_FH769LzqghAEX1Ct4mV6kkwegO4GTiqa1eq0BOFSmyKtu9zgxjYPEP-GVHKd3sUy2ItHwDVS-GmAWh5ozEA/s1600/14.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhQtQ2hBORtZG-IsC7c_nHHF_XUoOo9GKYobz_ik8uP7ZhRL_zN7bHlnH_FH769LzqghAEX1Ct4mV6kkwegO4GTiqa1eq0BOFSmyKtu9zgxjYPEP-GVHKd3sUy2ItHwDVS-GmAWh5ozEA/s1600/14.jpg" style="cursor: move;" /></a><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Canto o raio do monte, e da
campanha,</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Terror da Itália, e do mundo
espanto,</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Glória de Portugal, honra de
Espanha:<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Triunfante da Águia, que
triunfando tanto,<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tanto a seus raios tímida se
acanha,<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Que à traição, só dormindo, o
viu rendido,<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Porque desperto nunca foi
vencido.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Também Luís de Camões<i>, </i>o
homenageou nos Lusíadas:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Este que vês, pastor já foi de
gado</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Viriato sabemos que se chama</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Destro na lança mais que no
cajado</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Injuriada tem de Roma a fama.</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Numa época que perdeu o valor
da tradição épica como estruturante da identidade dos seus povos, importa
relembrar a memória e o exemplo dos principais autores da sua História. <span style="font-size: x-small;">(...)</span> Se
perdemos a consciência da nossa identidade colectiva, como podemos
reivindicar o que quer que seja, como podemos reescrever a nossa História,
como podemos edificar o futuro?</i> <span style="font-size: x-small;">(António Manuel de Andrade Moniz in <i>Viriato,
herói lusitano: o épico e o trágico</i>)</span>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pena é que tão poucos Viriatos existam...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-9882693080947000712012-09-16T19:39:00.000+01:002012-09-16T19:39:42.211+01:00O Dono do Mundo<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdqmS9zB-SIupX4VWgRQ_TKU5AVjnUqYQrSCM74Zq3NX7obACXnwxqd4UF7YJeOVGkLKpUAvsGX4yYROQrzbBksmFE5WCTwewVPSBebbasAj9JLRJfYu6c6Wccfh8qZTjaO6gn0X2jHv4/s1600/10.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdqmS9zB-SIupX4VWgRQ_TKU5AVjnUqYQrSCM74Zq3NX7obACXnwxqd4UF7YJeOVGkLKpUAvsGX4yYROQrzbBksmFE5WCTwewVPSBebbasAj9JLRJfYu6c6Wccfh8qZTjaO6gn0X2jHv4/s1600/10.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Numa época de crise como aquela que estamos actualmente a
passar, falamos essencialmente de uma coisa: dinheiro! O <i>vil</i> metal
está no centro das atenções e é a causa de todos os problemas. <i>Basta
uma porção dele para fazer do preto, branco; do feio, belo; do errado, certo;
do baixo, nobre; do velho, jovem; do cobarde, valente </i><span style="font-size: x-small;">(William
Shakespeare)</span><i>. </i>De facto somos controlados por este velho senhor de
nome <i>Dinheiro</i>, e como disse Thomas Fuller, clérigo e historiador inglês do
século XVII, <i>o dinheiro é o único monarca.</i> Tal como
qualquer outro monarca reinante que se preze, o nosso distinto <i>governante</i> virtual,
foi adquirindo diversos nomes e alcunhas ao longo dos tempos. O seu nome de
baptismo é curto, apenas<i> Dinheiro</i>, mas os seus sobrenomes e
cognomes são tantos, que não há família real que consiga ombreá-lo. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Cacau</b> - corresponde a um dito usado com
outros vocábulos: <i>Aquilo com que se compra o cacau</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Carcanhol</b> - pensa-se que está relacionada
com <b>carcanhão</b>, que é um nome dado à ostra, que por ser muito
apreciada, se tornou muito valiosa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Chapa</b> - o dinheiro <span style="font-size: x-small;">(moedas ou notas)</span> é
feito recorrendo a chapas que servem para a respectiva impressão</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Chavo e Cheta</b> - correspondem a
antigas moedas de cobre</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Baga, Caroço ou Grana - </b>correspondem a sementes
que produzirão novos frutos, tal como o dinheiro quando é bem gerido</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgms8lW3MUaCbz1RUrbDQ7IuJzLwI8sfr_6ZNb5WvzvnvxfBvpIkZfuQ1HvehvwPpmeLIqH6Bd8wffnAm0KvQLfxCC2Uqi64vmd3et5u0_m_29_RN5RY1_zBq6tta44VKH3xq3gmn9Blw0/s1600/9.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgms8lW3MUaCbz1RUrbDQ7IuJzLwI8sfr_6ZNb5WvzvnvxfBvpIkZfuQ1HvehvwPpmeLIqH6Bd8wffnAm0KvQLfxCC2Uqi64vmd3et5u0_m_29_RN5RY1_zBq6tta44VKH3xq3gmn9Blw0/s1600/9.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Graveto - </b>pequeno ramo de madeira usado para
acender o fogo, fazendo referência à importância e valor do fogo no passado</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Guita ou Guito</b> - podem estar relacionadas
com o cordel com que os feirantes atavam as notas</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Massa ou Pasta </b>- referência à matéria com a
qual se faz o pão e à argamassa com a qual se cobrem as paredes. Também o
dinheiro nos permite comprar o pão ou pagar os materiais e os trabalhadores que
nos fazem as casas</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Nota ou Papel - </b>referência à própria
forma do dinheiro quando imprimida em papel</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Pataca - </b>antiga<b> </b>moeda brasileira de
prata que valia 320 réis, emitida pelo governo de portugal até ao século
XIX. O nome <i>pataca</i> deriva-se da moeda de prata de oito
reais mexicana. A pataca é actualmente a moeda oficial de Macau.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Paus </b>- uma possível referência à valiosa madeira
de Pau-preto, que durante a época de colonização serviu como moeda de troca em
muitas transacções comerciais. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Pilim</b> - uma onomatopeia porque lembra o
tilintar das moedas</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Tusto </b>- provavelmente um deturpação da palavra <i>tostão, </i>moeda
de ouro cunhada pela primeira vez no reinado de D. Manuel
I, equivalente a 1.200 réis</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Vintém - </b>antiga moeda brasileira de 20 réis</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggHFfezxTPMJ0Bc-tvGvGOhLF9qdZ6gUYvxm48bWqxI66BMzqmc6-3V614Y3ip-B3zDOv2r_dRQtnx4gM3qV8FopDDZVOlKaGMU1P1s4DbcAkr8164WNOmV8NRpc_ra4wSLINXfyVoQlU/s1600/11.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggHFfezxTPMJ0Bc-tvGvGOhLF9qdZ6gUYvxm48bWqxI66BMzqmc6-3V614Y3ip-B3zDOv2r_dRQtnx4gM3qV8FopDDZVOlKaGMU1P1s4DbcAkr8164WNOmV8NRpc_ra4wSLINXfyVoQlU/s1600/11.jpg" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Detentor de um grande poder a sua fama ultrapassa fronteiras. O grande poeta </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Manuel Bocage definiu-o assim: </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Faço a
paz, sustento a guerra</span></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Agrado a doutos e a rudes, </span></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Gero vícios e virtudes,</span></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Torço as leis,</span></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Domino a Terra</span></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Oscar Wilde afirmou <i>q</i></span><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>uando
eu era jovem, pensava que o dinheiro era a coisa mais importante do mundo.
Hoje, tenho a certeza!</i> E eu também!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nota: Muitas das explicações dadas foram retiradas de Ciberdúvidas da Língua Portuguesa (</span><a href="http://www.ciberduvidas.pt/">http://www.ciberduvidas.pt</a>)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">Foto de <i>CLARICE COPPETTI</i></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<i><o:p></o:p></i></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-60382987566233525092012-09-11T18:56:00.000+01:002012-09-11T18:56:04.245+01:00A Informação<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiemSS0HDgIqo0E8VAgd3So5XpuN122JKUaV1UprVnNrSGb_j6HSiuJPV_533KyARnHMyRTA_8LRE58m9McoyZH_gfdUnAc8B98fMn3LiOegDjXU4ISZPA8XSt1qp0qDvgBWAYUsnzvPp0/s1600/6.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiemSS0HDgIqo0E8VAgd3So5XpuN122JKUaV1UprVnNrSGb_j6HSiuJPV_533KyARnHMyRTA_8LRE58m9McoyZH_gfdUnAc8B98fMn3LiOegDjXU4ISZPA8XSt1qp0qDvgBWAYUsnzvPp0/s1600/6.jpg" /></a></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Todos os dias somos bombardeados com noticias do mundo que nos entram pela casa dentro quase sem pedir licença. A rádio, a televisão, as redes sociais, as revistas e os jornais são o veiculo de propagação de informação. A avalanche de informação a que todos os dias estamos sujeitos é de tal forma avassaladora que já não procuramos a informação, fugimos dela. É difícil no mundo actual estarmos sem noticias. Tudo é noticia e tudo é global. O mundo tornou-se pequeno e quase que sabemos o facto antes dele acontecer! Mas a informação nem sempre foi tão fácil de obter. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCsqfrnItKGA3RNAY7Qi1Xw7T_apfAoMINx5cbWGe8IRM5yE_hPg81yYB0jcS8kE6aGe0HxnW8dRwUAC75L088_zYtd-QyyarKQPV0m0lrRuQdzu137EYa_3b1FSqzy0yxdk3ddBID5o8/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCsqfrnItKGA3RNAY7Qi1Xw7T_apfAoMINx5cbWGe8IRM5yE_hPg81yYB0jcS8kE6aGe0HxnW8dRwUAC75L088_zYtd-QyyarKQPV0m0lrRuQdzu137EYa_3b1FSqzy0yxdk3ddBID5o8/s1600/1.jpg" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A primeira publicação regular que se tem conhecimento surgiu no século I, quando o Imperador Augusto instituiu a colocação no Forum Romano da <i>Acta Diurna.</i> Esta publicação, que inicialmente apenas enumerava as listagens de eventos ditados pelo Imperador era gravada em pequenas tábuas de pedra, foi instituída por Júlio César no ano 59 aC. Mas foi com Augusto que se tornou periódica e começou a divulgar diversas notícias sobre feitos militares, factos sociais, obituários e outros acontecimentos importantes. A <i>Acta Diurna</i> era afixada em locais públicos para ser lida por todos. No entanto o primeiro jornal em papel surgiu apenas </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">no ano de 713 dC</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> como panfleto manuscrito em Pequim, com o nome de </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">Notícias Diversas. </i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na Idade Média eram comuns nas grandes cidades, as folhas escritas com noticias comerciais e económicas que eram distribuídas nos meios burgueses. Na cidade de Veneza estas folhas eram vendidas ao preço de uma <i>gazzeta</i>, a moeda local. Daqui teve origem o nome Gazeta, nome adoptado por muitos jornais publicados na Idade Média e que chegou até nós fazendo ainda parte do nome de muitos periódicos contemporâneos. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A primeira publicação impressa regularmente surgiu em 1602, na cidade holandesa de Antuérpia, com o nome de </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Nieuwe Tijdinghen </i>e tinha periodicidade semanal. Em 1621 surge em Londres o primeiro jornal de língua inglesa com o nome <i>The Corante</i>. Em 1638, também em Londres o <i>Weekly News </i>torna-se no primeiro jornal a publicar noticias internacionais, tendo sido logo seguido pelo jornal francês <i>La Gazette, </i>que tinha iniciado a sua publicação a 31 de Maio de 1631. Todos estes jornais tinham periodicidade semanal, quinzenal ou mesmo mensal. Só em 1650 surge o primeiro jornal diário com o nome de </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Einkommende Zeitungen </i><span style="font-size: x-small;">(Notícias Recebidas) </span>fundado na cidade alemã de Leipzig. O poder da informação foi crescendo e com ele o número de jornais publicados. Nos séculos XVIII e XIX as publicações impressas aumentaram exponencialmente e jornais como o inglês <i>The Times </i><span style="font-size: x-small;">(que começou a circular em 1785 com o nome de <i>The Daily Universal Registe</i>r)</span>, tornaram-se ícones da informação. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit9GP7WZNTvN0wLwyGmj3J0mDpOMmwkiteLo_uzaW_iUSjBHAjb0oBcASHcZ_l06dr_xAl5dMq8waS7Q0TBDMapnvrrU33ofqi8iZkYyVSUUgST3-myyVbIs4gfYvWQn9Gdcaxw1ugr9M/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit9GP7WZNTvN0wLwyGmj3J0mDpOMmwkiteLo_uzaW_iUSjBHAjb0oBcASHcZ_l06dr_xAl5dMq8waS7Q0TBDMapnvrrU33ofqi8iZkYyVSUUgST3-myyVbIs4gfYvWQn9Gdcaxw1ugr9M/s1600/3.jpg" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihUYwvNYOAQlQ1k-TK4lU7WIZisocnp4FoZnQlSyVivqXYp81zJDWKjmm1sOGoXLnYv-9_rJPcaZUs9nWg5qQt5F6FCvqUg3wvQf_X-6HPQXv46DDa3JXLRVKJ_lazE4Q7cUIY7_gbvfA/s1600/4.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihUYwvNYOAQlQ1k-TK4lU7WIZisocnp4FoZnQlSyVivqXYp81zJDWKjmm1sOGoXLnYv-9_rJPcaZUs9nWg5qQt5F6FCvqUg3wvQf_X-6HPQXv46DDa3JXLRVKJ_lazE4Q7cUIY7_gbvfA/s200/4.jpg" width="129" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em Portugal o primeiro periódico impresso surgiu em 1641 e tinha como nome <i>Gazeta em que se relatam as novas todas, que houve nesta corte, e que vieram de várias partes no mês de Novembro de 1641, com todas as
licenças necessárias</i>, também denominada <i>Gazeta da Restauração</i>. </span><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>O seu
objectivo era dar notícia dos acontecimentos da guerra com Espanha e da
aclamação de D. João IV como Rei de Portugal, procurando igualmente auxiliar a
consolidação da independência </i><span style="font-size: x-small;">(Biblioteca Nacional)</span>. Em Janeiro de 1663 surge o primeiro periódico político português em Lisboa com o nome de <i>Mercúrio Português,</i> tendo desaparecido em 1667 <i>. </i></span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>A designação de mercúrio foi adoptada por
publicações de vários países europeus, evocando o simbolismo do mensageiro dos
deuses. Segundo os estudiosos da imprensa periódica, havia diferenças claras
entre os mercúrios e as gazetas, apresentando estas
últimas um carácter mais noticioso</i><i style="line-height: 115%;"> </i><span style="font-size: x-small; line-height: 115%;">(Biblioteca Nacional)</span><span style="line-height: 115%;">. Mas foi só no dia 19 de Agosto de 1715 que o primeiro jornal oficial português inicia a sua publicação com o título de </span><i style="line-height: 115%;">Noticias do Estado do Mundo</i><span style="line-height: 115%;">, cujo redactor foi José Freire de Monterroio Mascarenhas. No entanto o segundo número publicado a</span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 18px;"> 17 de Agosto</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;"> já surge com o nome com que ficaria conhecido: a </span><i style="line-height: 115%;">Gazeta de Lisboa</i><span style="line-height: 115%;">, título que se </span><span style="line-height: 18px;">mantém</span><span style="line-height: 115%;"> até ao ano 1833 </span><span style="font-size: x-small; line-height: 115%;">(com algumas alterações de nome pontuais ao longo dos anos)</span><span style="line-height: 115%;">. Com a Revolução Liberal no século XIX a imprensa em Portugal desenvolve-se rapidamente e novos </span><span style="line-height: 18px;">periódicos </span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 18px;">começam a aparecer</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 18px;">. A 18 de Abril de 1835 na Ilha de São Miguel </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 115%;"> surge o diário <i>Açoriano Oriental, </i>que é o jornal mais antigo do país e o segundo mais antigo da Europa, só suplantado pelo sueco </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Post-och Inrikes Tidningar </i>que surgiu em 1645. Grandes nomes do jornalismo português surgem no século XIX: <i>O Comércio do Porto</i> em 1854; o <i>Diário de Notícias</i> em 1864 <span style="font-size: x-small;">(o primeiro jornal a ter pequenos anúncios, que lhe permitiu ser vendido a menor preço)</span>; o <i>Primeiro de Janeiro</i> em 1869; o <i>Século</i> em 1881 e o <i>Jornal de Notícias</i> em 1888. A informação tornava-se acessível a todos e as notícias circulavam rapidamente. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKLBPA3pAVR9MInY-hUyd86JbVS61Njop3XQzg8SeFRdxJdIL4dVAXZMUtt2-Ms6CNhr4UpsYpD1RsXm91-r1lXZvrevnb2vGbS1vV0AA32jp0yYR9dwdjO5nIES4OsRSkVvtyKMnEg2g/s1600/5.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKLBPA3pAVR9MInY-hUyd86JbVS61Njop3XQzg8SeFRdxJdIL4dVAXZMUtt2-Ms6CNhr4UpsYpD1RsXm91-r1lXZvrevnb2vGbS1vV0AA32jp0yYR9dwdjO5nIES4OsRSkVvtyKMnEg2g/s1600/5.jpg" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O século XX tornou a informação ainda mais rápida e com o desenvolvimento de novas tecnologias a noticia impressa foi sendo suplantada pela noticia dada pelos meios audiovisuais. Os jornais, antigos senhores da informação, viram-se ameaçados pela facilidade da divulgação da informação pela televisão e rádios. No século XXI as redes sociais tornaram-se rainhas da comunicação. De pedras impressas, em pouco mais de dois mil anos, passamos a computadores portáteis, Ipads e Tablets onde temos o mundo à distancia de um dedo. A evolução foi fabulosa e o génio humano fantástico. Pena é que a qualidade da informação não tenha acompanhado a qualidade da sua propagação.</span><br />
<div class="MsoNormal">
<i><o:p></o:p></i></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-54184059300968399742012-09-07T19:55:00.000+01:002012-09-07T19:55:26.524+01:00A estrela guia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQo6a81Y5v_vDnvu8us7TJSK15R1kJiTjYOCkz_G6rKVNJ0vXV84Y0lMmuyxCDtmzHPngYOhH3XZvwoA5UXH3q9X65vKgOa22aGW5ayrjKSFCLbVPJSUyGrjnIpiGwMMKj-VqbOvOnaA0/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQo6a81Y5v_vDnvu8us7TJSK15R1kJiTjYOCkz_G6rKVNJ0vXV84Y0lMmuyxCDtmzHPngYOhH3XZvwoA5UXH3q9X65vKgOa22aGW5ayrjKSFCLbVPJSUyGrjnIpiGwMMKj-VqbOvOnaA0/s1600/1.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sentada sob um fantástico céu nocturno galego, dou por mim a olhar encantada para os cachos de estrelas resplandecentes que brilham ininterruptamente. Há quanto tempo não via tanta estrela no céu...as luzes das grandes cidades ofuscam o brilho das estrelas e impedem-nos de observar um dos mais belos cenários naturais: o céu estrelado. Lembrei-me de Van Gogh que afirmava que q</span><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>uando
sinto uma terrível necessidade de religião, saio à noite para pintar as
estrelas. </i></span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Olhar o céu nocturno é um </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">espectáculo natural deslumbrante capaz de ultrapassar as mais belas pinturas e esculturas artísticas </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">expostas</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> pelos museus de todo o mundo.</span><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É de graça, não tem limite de entradas e pode ser visto em </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">qualquer</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> lugar do planeta e no entanto poucos são aqueles que a ele assistem. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>U</i></span><span style="line-height: 18px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>ma das coisas mais belas da vida é olhar para o céu, contemplar uma estrela e imaginar que muito distante existe alguém olhando para o mesmo céu, contemplando a mesma estrela </i><span style="font-size: x-small;">(Bob Marley)</span>.</span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Não olhamos para o nosso céu e não conhecemos as nossas estrelas. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">São tantas que me perco ao tentar inumerá-las.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJQ3I-I1t3ixq00ki5f27qbyNxz5S_OhBPo_SvXQWAxDktkUQPN3s_0nmCP7RCgdyNWOzLbfIYpBc4JRWZxqOVh0XhCzl6FcZrs1CxWe2yA-3AVWZmeQBJkBKwYLTiE-ZxYY6otwNiv2Y/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJQ3I-I1t3ixq00ki5f27qbyNxz5S_OhBPo_SvXQWAxDktkUQPN3s_0nmCP7RCgdyNWOzLbfIYpBc4JRWZxqOVh0XhCzl6FcZrs1CxWe2yA-3AVWZmeQBJkBKwYLTiE-ZxYY6otwNiv2Y/s1600/2.jpg" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Consigo identificar algumas constelações de estrelas pelo seu formato: a Ursa Maior, a Ursa Menor, a Cassiopeia e Estrela Polar e poucas mais. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Estas grandes e luminosas esferas de plasma, tiveram durante séculos uma enorme importância para todas as </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">civilizações em todo o mundo, como método de orientação. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBX2-yWsHj2MNZzyxbCklVNHS88fq0vfCBGDbKVCImhQZ9eL36oxIot9exYPGTzCt_qZ9Q-TbX57-P_LVAx0HGpAJzxMErTc4XC8jleDKhia9vbzn-yz-ufNTfv9smDDDMFjNgfGlNIDY/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBX2-yWsHj2MNZzyxbCklVNHS88fq0vfCBGDbKVCImhQZ9eL36oxIot9exYPGTzCt_qZ9Q-TbX57-P_LVAx0HGpAJzxMErTc4XC8jleDKhia9vbzn-yz-ufNTfv9smDDDMFjNgfGlNIDY/s1600/3.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
E<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">m 1979 na região do Vale de Ach <span style="font-size: x-small;">(região alemã do Danúbio)</span> foi encontrada uma imagem gravada num bloco de marfim, que reproduz a constelação de Orion, com cerca de 32 mil anos. Mas são imensos os registos pré-históricos que comprovam que a observação das estrelas é uma actividade antiga: pinturas rupestres, gravações em pedra, túmulos, artefactos e construções megalíticas. O homem desde sempre utilizou as suas estrelas e com elas conviveu, às vezes adorando-as, outras vezes temendo-as. Com o passar do tempo e através da capacidade de observação o homem percebeu que poderia utilizar as estrelas para sua orientação em viagens terrestres e marítimas. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O mais antigo mapa estelar datado </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">do ano 1534 aC, </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">foi encontrado no antigo Egipto</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">.</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> O primeiro catálogo de estrelas foi elaborado pelos astrónomos gregos Aristilo e Timocrates, aproximadamente no ano 300 aC. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiu2TOU_b1E0g-d0XGlM8EdcMxoA0QgC8zNTOqpeVaF_4aQODucYNWVFRdnocWC8HBwxYBsxzQjWVK1sRrDfIwZzXfgLf7dtpAlHt-SNBOu8Zwf91LZv_AJbqeEmZfmIeZxKL5T9k25u8/s1600/4.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiu2TOU_b1E0g-d0XGlM8EdcMxoA0QgC8zNTOqpeVaF_4aQODucYNWVFRdnocWC8HBwxYBsxzQjWVK1sRrDfIwZzXfgLf7dtpAlHt-SNBOu8Zwf91LZv_AJbqeEmZfmIeZxKL5T9k25u8/s1600/4.jpg" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas à medida que as civilizações foram evoluindo, com a descoberta de sistemas de navegação mais complexos e elaborados, deixamos de olhar para cima e passamos a olhar para a frente. As estrelas passaram a ficar lá no cimo e apenas esporadicamente lhes damos uma olhadela rápida. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nietzsche afirmava que e</span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">nquanto sentires as estrelas como algo que está por cima
de ti não possuis ainda o olhar do homem que sabe</i><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">. </i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E de facto assim é. As estrelas contam-nos histórias ancestrais e enviam-nos a sua luz carregada de passado. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os telescópios potentes que actualmente conhecemos permitem-nos ver a luz emitida por estrelas que muitas vezes já não existem, mas que mesmo assim nos enviam a sua história através do espaço. Só temos que saber ouvir e saber observar. A nossa história está a ser contada repetidamente em cada estrela que cintila no céu. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Somos todos feitos do mesmo pó de estrelas </i><span style="font-size: x-small;">(Carl Sagan) </span>e quem sabe se a nossa tão procurada imortalidade não está na simples capacidade de saber observar uma estrela. </span><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Somos
todos viajantes de uma jornada cósmica - poeira de estrelas, girando e dançando
nos torvelinhos e redemoinhos do infinito. A vida é eterna </i><span style="font-size: x-small;">(Deepak Chopra, professor e escritor indiano)</span><i>.</i></span></span></div>
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i> </i></span></span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-37472576936774484482012-08-30T19:13:00.000+01:002012-08-30T19:13:18.143+01:00A Sininho<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_OvplldMwXi2QPzAJUc3SzsoCJj4ueMoP5RR2mlkWGu-7X559U0es1IZerVEln1pg4c-4LWWxEMJiZtbJVTA-b9KA1i3rEt8sNMk2WPnT9xMsaRk6P-W_Vypayig85o922G764u-jYQ4/s1600/2413.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_OvplldMwXi2QPzAJUc3SzsoCJj4ueMoP5RR2mlkWGu-7X559U0es1IZerVEln1pg4c-4LWWxEMJiZtbJVTA-b9KA1i3rEt8sNMk2WPnT9xMsaRk6P-W_Vypayig85o922G764u-jYQ4/s320/2413.jpg" width="239" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sininho é nome de fada do cinema infantil, mas para mim era o nome da minha amiguinha de quatro patas que durante 15 anos partilhou o meu espaço, a minha vida, as minhas alegrias e as minhas tristezas. De grandes e expressivos olhos verdes, de focinho redondo e com um ronrom que transmitia todo o carinho que por nós tinha, pêlo longo e malhado, passeou pela minha vida e pela vida do meu marido ao longo da última quinzena de anos. Amiga mas traquina, carinhosa e arisca, a minha gata Sininho fazia parte de mim. </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7gFeQ-Fg2XQpanDohGcoTudLPKKD6kgVlkXAgjKjEPVd7OLnrwpHdD_wcyw8nCY2CGeOuoGWyZGRXMxUNhezeLbFq8dpH1sfJtkOXI2i_sXUq18HsoKfDbQmx9HHCsR35OL4rh7LRngE/s1600/3155.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7gFeQ-Fg2XQpanDohGcoTudLPKKD6kgVlkXAgjKjEPVd7OLnrwpHdD_wcyw8nCY2CGeOuoGWyZGRXMxUNhezeLbFq8dpH1sfJtkOXI2i_sXUq18HsoKfDbQmx9HHCsR35OL4rh7LRngE/s320/3155.JPG" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Agora partiu e deixou um vazio que vai custar muito a passar...a sua presença constante, o estar sempre ali, a rotina de tratar dela, de a sentir sempre "em cima" de mim quando estava ao computador, no sofá a ver televisão, na cama a dormir, ou a passar aos ziguezagues pelas minhas pernas quando estava na cozinha, tudo isto desapareceu...vou ter saudades da minha fada de quatro patas, a minha amiga que não falava, mas que miava de maneiras tão diferentes e tão expressivas que eu sabia bem o que ela queria transmitir. A casa ficou muito vazia, mas nós ficamos mais. Partiu ao meu colo e a receber as nossas festas de agradecimento pela alegria que nos proporcionou ao longo da sua vida. Obrigada Sininho, por teres partilhado connosco a tua vida. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sei que este post não se coaduna com o espírito do blogue, mas hoje não podia escrever mais nada, nem falar de nenhum outro assunto. Há dias assim...</span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-59330469306958920512012-08-27T15:58:00.000+01:002012-08-27T16:03:22.260+01:00O último rei português<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbTzAUKgbePTFKPJM5Um8EuqM6vGHXAlPsg2RajIl_47kFp-9s3FEsdBKfvbTMZNlwP8PwEzb4PZCaMu_nypoZr35DGKv1brEqVPbIY7gWfhaALl71umd0rRrqfgsAF5HP0yN53qqA8OE/s1600/10.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbTzAUKgbePTFKPJM5Um8EuqM6vGHXAlPsg2RajIl_47kFp-9s3FEsdBKfvbTMZNlwP8PwEzb4PZCaMu_nypoZr35DGKv1brEqVPbIY7gWfhaALl71umd0rRrqfgsAF5HP0yN53qqA8OE/s1600/10.jpg" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Portugal é uma República desde o dia 5 de Outubro de 1910. No entanto durante 771 anos, o nosso país foi um reino - o Reino de Portugal. Mais de sete séculos de história, que tiveram como protagonistas 35 Reis e 4 Dinastias. O último monarca português, nasceu a 5 de Novembro de 1889 no Palácio de Belém em Lisboa, filho de D. Carlos I e de D. Amélia. Baptizado com o nome de Manuel Maria Filipe
Carlos Amélio Luís Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis
Eugénio de Bragança Orleães Sabóia e Saxe-Coburgo-Gotha, ficou conhecido por D. Manuel II. Passou à história
com os cognomes: <i>O Patriota</i>, pela preocupação que os assuntos
pátrios sempre lhe causaram; <i>O Desventurado</i>, em virtude da
Revolução que lhe retirou a coroa; <i>O Estudioso </i>ou <i>o
Bibliófilo</i> <span style="font-size: x-small;">(devido ao seu amor pelos livros antigos e pela literatura
portuguesa)</span>.</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> Iniciou o seu reinado no dia 1 de </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Fevereiro</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> de 1908, após o regicídio, que terminou quando partiu para um </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">exílio</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> forçado em Inglaterra no dia da </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">implantação da República.</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> As suas últimas palavras em solo português foram:<i> </i><i>Forçado pelas circunstâncias, vejo-me obrigado a embarcar no iate Real Amélia. Sou português e sê-lo-ei sempre. Tenho a convicção de ter
sempre cumprido o meu dever de Rei em todas as circunstâncias e de ter posto o
meu coração e a minha vida ao serviço do meu País. Espero que ele, convicto dos
meus direitos e da minha dedicação, o saberá reconhecer. </i></span><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">VIVA PORTUGAL!</span></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A 4 de Setembro de 1913, casa com D. Augusta Vitória, princesa de Hohenzollern-Sigmaringen, permanecendo o rei D.Manuel de pé durante toda a cerimónia, que foi presidida pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, sobre terra trazida de Portugal. Morreu subitamente no dia 2 de Julho de 1932, com 42 anos, na sua residência em Twickenham, Inglaterra, por edema da glote, sem descendência. O último rei de Portugal está sepultado no Panteão dos Braganças, no Mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Churchil conviveu de perto com D. Manuel II, e referindo-se a ele afirmou: </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eis um jovem rei inteligente e dinâmico. Não consigo entender os portugueses, que cometeram um erro muito grave, que lhes pode sair muito caro nos anos vindouros.</i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">D. Manuel II, aqui num pequeno filme sem som, fica para a história como o último rei de Portugal!</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/o4UjfBa73y4?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">Nota: Filme carregado no YouTube por maryto33</span>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-41026703924650991532012-08-22T17:30:00.000+01:002012-08-23T00:42:35.054+01:00Lisboa no inicio do século XX<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEialyXAqAoRchERUaeKUuxlCIxFr75eadQX47b0loSCboKbyz2VZ_ON1O0usJVDQQ58cRdJWqPYyfgQkn-yDaPUOACORNsQxv6XBqpPEjdVd5UwPe2t_ME2Earyx1cKb19Db52BSIyEYMU/s1600/8.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEialyXAqAoRchERUaeKUuxlCIxFr75eadQX47b0loSCboKbyz2VZ_ON1O0usJVDQQ58cRdJWqPYyfgQkn-yDaPUOACORNsQxv6XBqpPEjdVd5UwPe2t_ME2Earyx1cKb19Db52BSIyEYMU/s1600/8.jpg" /></a></div>
<i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></i><i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Digo:<br />Lisboa<br />Quando atravesso - vinda do sul - o rio<br />E a cidade a que chego abre-se como<br />Se do seu nome nascesse<br />Abre-se e ergue-se em sua extensão nocturna<br />Em seu longo luzir de azul e rio<br />Em seu corpo amontoado de colinas<br />Vejo-a melhor porque a digo<br />Tudo se mostra melhor porque digo<br />Tudo mostra melhor o seu estar e a sua carência<br />Porque digo<br />Lisboa com seu nome de ser e de não ser<br />Com seus meandros de espanto insónia e lata<br />E seu secreto rebrilhar de coisa de teatro<br />Seu conivente sorrir de intriga e máscara<br />Enquanto o largo mar a ocidente se dilata<br />Lisboa oscilando como uma grande barca<br />Lisboa cruelmente construída ao longo<br />Da sua própria ausência<br />Digo o nome da cidade<br />- Digo para ver </span></i><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">(Sophia de Mello Breyner)</span></div>
</div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Para relembrar uma Lisboa já passada, uma Lisboa do início do século XX, este filme com uma fantástica sucessão de fotografias antigas, mostra-nos com uma espantosa realidade o que foi a vida na capital de Portugal no inicio do século passado. Pessoas, paisagens, edifícios e ambientes recriados nesta sucessão de imagens. Uma encantadora viagem ao passado...</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/ofB7OvCzubU?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
<br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: xx-small;">Nota: Filme carregado no YouTube por maryto33</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-21756761675775836202012-08-20T01:43:00.000+01:002012-08-20T01:43:15.156+01:00Os Santos dos nossos dias <div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEjxFWdl7Y6-oRN19JT-AOwAyA2FQ0Lb59uUO4okV6sBiJfzLIHfJMwbtMDRkkV4z6KU44V6cw03ARBkecu3qo2g7XIP7yy9Na0uP-y-rj1hs9EuGMbOK8U4pAIK6qh690-4LQLGerbyw/s1600/6.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEjxFWdl7Y6-oRN19JT-AOwAyA2FQ0Lb59uUO4okV6sBiJfzLIHfJMwbtMDRkkV4z6KU44V6cw03ARBkecu3qo2g7XIP7yy9Na0uP-y-rj1hs9EuGMbOK8U4pAIK6qh690-4LQLGerbyw/s1600/6.jpg" /></a></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não há dia que não tenha o nome de um santo qualquer. Se olharmos para as agendas antigas, a seguir à designação do dia aparece o nome de um santo, que a Igreja Católica achou por bem homenagear. Cada dia, cada santo. Existem por isso pelos menos 366 santos contabilizados pela Igreja dos católicos, já que os anos bissextos têm esse número de dias. Foi a Santo Osvaldo que calhou a sina de só ser homenageado de 4 em 4 anos, já que o dia de seu nome é 29 de Fevereiro. De origem dinamarquesa foi cónego de Winchester e arcebispo de York, descrito pelos seus pares como homem generoso, inteligente e um estudioso. Não descobri a causa da sua santidade, talvez por isso só seja lembrado de 4 em 4 anos...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas os nomes dos santos que mais facilmente identificamos, são aqueles que estão associados a dias festivos. São João, São Pedro e Santo António são nossos <i>velhos</i> conhecidos. Mas e São Valentim do dia dos Namorados e São Nicolau associado ao Pai Natal? O que sabemos destes santos? </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Que tradições e histórias estão por detrás dos homens?</span></div>
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<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKbRdw8YXmmdo-KJvehtQEwjGxLJNX-OcnM7viU_hHI9oP5BoeaJayOY74k-6xR1_eWiRrJvpR2hPcoLe-2Mu-jqQmaNVLcpKK8z7UvIuPdVeTonsayN4iwToLkjsh-ivso27Z8mRiVRM/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKbRdw8YXmmdo-KJvehtQEwjGxLJNX-OcnM7viU_hHI9oP5BoeaJayOY74k-6xR1_eWiRrJvpR2hPcoLe-2Mu-jqQmaNVLcpKK8z7UvIuPdVeTonsayN4iwToLkjsh-ivso27Z8mRiVRM/s1600/2.jpg" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>São Valentim</b> - sacerdote cristão do século III, viveu em Roma e foi contemporâneo do Imperador Cláudio II, cujo objectivo era constituir o maior exército possível, para manter a hegemonia dos romanos sobre o resto do mundo. Para levar a cabo tal façanha proibiu os casamentos entre os jovens romanos de forma a que estes se alistassem com maior facilidade e diminuísse o número de abandonos do exército. O sacerdote Valentim não acatou a ordem imperial e continuou a celebrar casamentos em segredo. Quando foi descoberto foi preso e condenado à morte. Durante o tempo do seu encarceramento, recebia flores e bilhetes com mensagens sobre a importância do amor. Diz a lenda que se apaixonou pela filha do carcereiro, de nome Astérias. Antes de morrer escreveu uma carta à sua apaixonada assinando no fim <i>de seu Valentim,</i> expressão ainda hoje utilizada pelos casais enamorados. Valentim foi decapitado no dia 14 de Fevereiro do ano 270, dia em que se celebra o dia dos Namorados.</span><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiP7zQ8zCwcTbocDfXX1BD5D8A94shkwQViziZeOAL6M626XT6cIIznq9BpYyPRF_vFvGYjGINxhmk1N8_dd7Z4O_nmoVH5Qg_ELHTHP0I_38r34LHFELDn7O8YaINWKCNw7rYiZuYpZjg/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiP7zQ8zCwcTbocDfXX1BD5D8A94shkwQViziZeOAL6M626XT6cIIznq9BpYyPRF_vFvGYjGINxhmk1N8_dd7Z4O_nmoVH5Qg_ELHTHP0I_38r34LHFELDn7O8YaINWKCNw7rYiZuYpZjg/s200/3.jpg" width="200" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No entanto este dia era para os pagãos a véspera do festival de <i>lupercalia </i><span style="font-size: x-small;">(de <i>lupus</i> que significa lobo, que reporta à lenda de Rómulo e Rémulo) </span>festa anual celebrada na Roma antiga, em honra de Juno, deusa do matrimónio e de Pan, deus da natureza. Na Idade Média, o dia 14 de Fevereiro era considerado o primeiro dia de acasalamento dos pássaros, e era tradição os apaixonados deixarem mensagens de amor na soleira da porta da pessoa amada. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Actualmente o dia é celebrado um pouco por todo o mundo, especialmente nos Estados Unidos da América. Uma tradição com séculos de história.</span></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUcfcakj4ofD3aZOAY7ve5eyx1m6yD3eTh9xEdWY3MMJoO4jJ-QY8FkyNp4ds1RasODkFa9JsTQwlDvyFLrOLbFPSbhhOMQHF20TmAFvlMpU0ugN8wJUAcN3lY0MH6Cfvt7Q9Mttol77Q/s1600/4.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUcfcakj4ofD3aZOAY7ve5eyx1m6yD3eTh9xEdWY3MMJoO4jJ-QY8FkyNp4ds1RasODkFa9JsTQwlDvyFLrOLbFPSbhhOMQHF20TmAFvlMpU0ugN8wJUAcN3lY0MH6Cfvt7Q9Mttol77Q/s1600/4.jpg" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>São Nicolau</b> - o santo padroeiro da Rússia, da Grécia e da Noruega, nasceu por volta do ano 270 em Patara, capital da antiga Lícia <span style="font-size: x-small;">(actual Turquia)</span> filho de pais nobres. Quando os pais morreram distribuiu a sua fortuna pelos mais carenciados. Foi consagrado Bispo de Mira <span style="font-size: x-small;">(actual Turquia)</span> ainda muito jovem e desenvolveu a sua actividade apostólica na Palestina e no Egipto. Foi preso durante o reinado do Imperador Diocleciano que moveu uma perseguição aos cristãos, tendo sido libertado durante o reinado do Imperador Constantino. São-lhe atribuídos muitos milagres sendo considerado protector dos marinheiros, dos mercadores, dos estudantes e especialmente das crianças. Conta a lenda que gastou parte da sua herança de família a distribuir presentes pelas crianças mais carenciadas. Morreu a 6 de Dezembro do ano 342. Nesse dia, já na Idade Média era costume nos países nórdicos, os criados da famílias mais abastadas, deixarem pequenos presentes às crianças em honra de São Nicolau. Foi também nestes países que se desenvolveu a tradição de deixar sapatinhos junto às lareiras para que o santo, também chamado de <i>Velho Pai</i>, pudesse deixar os presentes destinados às crianças. Esta tradição e o culto a São Nicolau espalharam-se por toda a Europa. Após a reforma da Igreja, os países que professaram o Protestantismo abandonaram esta tradição, passando a venerarem o <i>Christkind</i> <span style="font-size: x-small;">(Menino Jesus) </span>como aquele que oferecia as prendas às crianças no seu próprio dia de nascimento ou de Natal, o dia 25 de Dezembro. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH-rMFoTYcjVozZT6kDA9rR-c5O-FiUheyOmjHVr1-wNC2RnV3I7D-ZZWdby0L3_mdasMQWJSA9nI-XO9-2WDZhjE4QYn0LJObmx_PYCrEydqmVnka-GJcJAEm-1X4PorXeZ3tOeXtU-c/s1600/5.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH-rMFoTYcjVozZT6kDA9rR-c5O-FiUheyOmjHVr1-wNC2RnV3I7D-ZZWdby0L3_mdasMQWJSA9nI-XO9-2WDZhjE4QYn0LJObmx_PYCrEydqmVnka-GJcJAEm-1X4PorXeZ3tOeXtU-c/s1600/5.jpg" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas a lenda de São Nicolau prevaleceu passando o <i>Velho Pai </i>a ser designado como Pai Natal, Père Noel ou Father Christmas, passando também a ser festejado no dia 25 de Dezembro. Apenas na Holanda se manteve a designação de <i>Sinterklaas</i> que significa São Nicolau. Pensa-se que foram emigrantes holandeses que levaram a tradição do culto a São Nicolau para os Estados Unidos da América no século XVII, onde </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sinterklaas </i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">deu origem a </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">Santa Claus,</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> nome pelo qual ainda hoje é chamado o velhinho de barbas brancas, vestido de vermelho e que distribui as prendas na véspera de Natal. A figura do Pai Natal ou de Santa Claus, como actualmente a conhecemos, é da autoria de um americano de nome Thomas Nast, cuja ilustração foi pela primeira vez publicada no jornal Harper's Weekly em 1866. Mas</span><span style="color: #404040; font-family: Arial, Tahoma, sans-serif;"><span style="font-size: 12px; line-height: 18px;"> </span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">foi com uma campanha publicitária da famosa bebida americana Coca-Cola, em 1931, que o simpático velhinho passou a ser reconhecido mundialmente como o famoso Pai Natal.</span></div>
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ao longo dos séculos as tradições foram-se mantendo, passando de geração em geração. Com o nome de São Nicolau, Santa Claus ou Pai Natal, o que importa é que a fantasia e o sonho se mantenham vivos no imaginário de todos, quer sejam crianças ou adultos.</span></div>
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Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-27016571748843147912012-08-15T00:15:00.000+01:002012-08-15T00:15:41.253+01:00A famosa casca do sobreiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6TMgDFMgXwW3SAYjCQUFitlPnWU7glQxOrsF05EaOST7v9uzR8AMMgIekh4f-rX8e18hUyqmy9u5-trKmv3EchyphenhyphenjNxDw0YE6MLKxSiB3qWzahfMKZYtcjbHmQ8K1PV_QzWjVgqk4-S08/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6TMgDFMgXwW3SAYjCQUFitlPnWU7glQxOrsF05EaOST7v9uzR8AMMgIekh4f-rX8e18hUyqmy9u5-trKmv3EchyphenhyphenjNxDw0YE6MLKxSiB3qWzahfMKZYtcjbHmQ8K1PV_QzWjVgqk4-S08/s1600/1.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O sobreiro </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">(<i>Quercus Suber</i>)</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> é uma árvore muito comum em Portugal, com grande prevalência a sul do Tejo. Os montados, que são plantações de sobreiros, subsistem apenas nas regiões do Mediterrâneo: Argélia, Marrocos, França, Itália e sobretudo nas regiões do sul da Península Ibérica. Portugal é o país com maior extensão de sobreiros do Mundo, sendo responsável por cerca de 50% da produção mundial de cortiça. Esta espantosa árvore, <i>de porte mediano, tronco tortuoso e folhas permanentes, com 15-20 metros de altura <span style="font-size: x-small;">(...)</span> é revestida por uma casca acinzentada, algo enegrecida, espessa e fendida denominada cortiça </i><span style="font-size: x-small;">(Plantar Portugal)</span><i>. </i>De grande longevidade <span style="font-size: x-small;">(pode viver em média 150 a 200 anos)</span> e com uma enorme capacidade de regeneração, permite cerca de 16 descortiçamentos ao longo da sua existência. São precisos 25 anos para um tronco de sobreiro começar a produzir cortiça. No primeiro descortiçamento, chamado <i>desbóia</i>,<i> </i>obtém-se uma cortiça muito irregular e dura sendo difícil de trabalhar, a chamada <i>cortiça virgem</i>, sendo utilizada para pavimentos e material de isolamento; só nove anos depois se pode fazer novo descortiçamento, e aí obtém-se a chamada <i>cortiça secundeira</i>, menos dura, mas ainda imprópria para a confecção de rolhas e outros materiais; só no terceiro descortiçamento é que se obtém a <i>cortiça amadia ou de reprodução</i>, regular e lisa, fácil de trabalhar. A técnica de extracção, conservação e transformação da cortiça implica um saber ancestral. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A cortiça já era utilizada na China, no Egipto, na Babilónia e na Pérsia no ano 3000 aC, para fabrico de utensilios ligados à pesca. Em Itália, foram encontradas bóias, tampas para tonéis, sapatos de mulher e telhados de casas, datados do século IV aC. A primeira referência escrita ao sobreiro data desta época. O filósofo grego Teofrasto, nos seus tratados sobre botânica descreve maravilhado <i>a faculdade que esta árvore possui em renovar a casca quando lhe é retirada</i>. Foram também encontradas ânforas cheias de vinho com rolhas de cortiça, em Éfeso no século I aC. Em 1209, Portugal tornou-se no primeiro país a desenvolver legislação ambiental para protecção dos montados. Durante a época dos descobrimentos, as naus portuguesas utilizavam a madeira de sobreiro nas zonas mais expostas à intempérie, já que os construtores diziam que a madeira do <i>sôvaro </i><span style="font-size: x-small;">(era assim denominado o sobreiro) </span>era o que havia de melhor para o liame das naus: além de muito resistente, nunca apodrecia. No século XVIII, um monge francês de nome D. Pierre Pérignon, começou a usar a cortiça para vedar as garrafas do seu famoso champanhe, costume que ainda hoje se mantém. Mas foi só a partir do século XVIII que na Península Ibérica se iniciou a exploração dos montados em grande escala, tornando-se a produção de rolhas de cortiça a principal fonte de rendimento e comércio.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Actualmente a cortiça é usada para a produção de diferentes materiais. Para além das rolhas, é utilizada para isolamento, pavimentos, carteiras, sapatos, roupas, mobiliário e um manancial de outros produtos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Para podermos ter uma pequena ideia do que é necessário para obter cortiça, aqui fica um pequeno filme de 1960 sobre todo processo de produção deste fabuloso material.</span></div>
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/Z8C7CCD-4oI?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
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<span style="font-size: xx-small;">Fonte: APCOR - Associação Portuguesa de Cortiça</span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13876001932940399765noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7042894250463161553.post-72730089153465862012-08-09T19:38:00.001+01:002012-08-09T19:38:58.620+01:00A luta pelas calças<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiW_fV48L-XUl3OstaAN91z0cU1Sui2ogJcgEsGYcnZdeFiOdsWJZ4ADWQ8qSegblTnK6eEEiw2mD1BefSvLzgKVuvzHcpUN3iRgiGjzTmoJwnA4a0LYe6ZGSi9dsX7LAVbDCrSIs-MfQc/s1600/6.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiW_fV48L-XUl3OstaAN91z0cU1Sui2ogJcgEsGYcnZdeFiOdsWJZ4ADWQ8qSegblTnK6eEEiw2mD1BefSvLzgKVuvzHcpUN3iRgiGjzTmoJwnA4a0LYe6ZGSi9dsX7LAVbDCrSIs-MfQc/s1600/6.jpg" /></a></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu adoro calças! Aliás grande parte do meu guarda-roupa é composto por calças, de diferentes feitios, cores e tecidos. Práticas, fáceis de usar, permitem uma liberdade de movimentos, que dificilmente se conseguiria usando vestidos ou saias. De uso generalizado, as calças são uma peça de vestuário indispensável nos dias de hoje. Mas esta simples peça de tecido que recobre cada uma das pernas da linha da cintura até ao calcanhar, deu muito que falar no inicio do século XX. As calças foram durante muito tempo um privilégio exclusivo do homem ocidental, já que em muitas outras civilizações as mulheres já usavam calças desde há muitos séculos. </span><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie_5Lrh1r5wcgnrac5WuTuU41BHk4lerxgYIGNJr7aa2YMWHJc47sNlsMaOZ6t0jtjfn1pdUBaIzHpwr2OMc1evDCSLPJDliDbg8pTaaQN7KnXGmhxMLBV8PMwUcEhuzI4Z1ZjtgT6x6o/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie_5Lrh1r5wcgnrac5WuTuU41BHk4lerxgYIGNJr7aa2YMWHJc47sNlsMaOZ6t0jtjfn1pdUBaIzHpwr2OMc1evDCSLPJDliDbg8pTaaQN7KnXGmhxMLBV8PMwUcEhuzI4Z1ZjtgT6x6o/s200/1.jpg" width="89" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsbux9-0V4DiX_tTSI3DdGiusPT-3HrLnCqbvoqUEf_gAovkbYZH4u5z8q5jWMixBgw6hyphenhyphen5LD0272k5MHUwDUrAQvB6u2odCUuJM7kIFLu5w8VzxLvMBXTdkTtUAf2HInreBhnvJwKgbo/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsbux9-0V4DiX_tTSI3DdGiusPT-3HrLnCqbvoqUEf_gAovkbYZH4u5z8q5jWMixBgw6hyphenhyphen5LD0272k5MHUwDUrAQvB6u2odCUuJM7kIFLu5w8VzxLvMBXTdkTtUAf2HInreBhnvJwKgbo/s1600/2.jpg" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Exemplos disso são as amazonas, mulheres guerreiras retratadas na mitologia grega, que usavam calças como única indumentária. Nas <i>Crónicas de Viagem - franciscanos no
Extremo Oriente antes de Marco Polo 1245-1330</i>, podemos ler o seguinte: <i>A Caldéia, tem a sua língua </i></span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">própria, e nela os homens são bonitos, mas as mulheres são feias. <span style="font-size: x-small;">(...)</span> as mulheres andam descalças e vestem calças até ao chão. Nesta cidade vi muitas outras coisas, que não é preciso narrar! </i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na época Vitoriana, em Inglaterra, as mineiras de Wigan <span style="font-size: x-small;">(cidade do Norte de Inglaterra),</span> escandalizaram a sociedade britânica ao usarem calças por baixo das saias, que enrolavam à cintura enquanto trabalhavam. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Com a industrialização, as mulheres trabalhadoras começaram a usar calças mas apenas e só como indumentária de trabalho. </span><br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWf4cyYv5MUTb8wbzVu2B_ncbi0ajHMC2Bu2dJW0pBrxb8ehXV1luWarybCYwPZatr9SZ0GVxPOuwbHwTYBuw8Y1wLBPKPXknjNy2Isv1ctXzmmMXW2XsuM7JT0-MTr3z8f9DEZrPEzzI/s1600/5.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWf4cyYv5MUTb8wbzVu2B_ncbi0ajHMC2Bu2dJW0pBrxb8ehXV1luWarybCYwPZatr9SZ0GVxPOuwbHwTYBuw8Y1wLBPKPXknjNy2Isv1ctXzmmMXW2XsuM7JT0-MTr3z8f9DEZrPEzzI/s320/5.jpg" width="228" /></a></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXQvgaTDoxaivSlgsfektUXYd8U7kdO7qVT-ChD5d3kQw8Zev-RH5Vjwdsy2CABqP3SgDDYtoVUkQ0gEeEs81pKF_cz3YozkTlIwZyfBw7JbVE0ibPi8an-E0lzuhxwVbqsaqc9u_RUIk/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXQvgaTDoxaivSlgsfektUXYd8U7kdO7qVT-ChD5d3kQw8Zev-RH5Vjwdsy2CABqP3SgDDYtoVUkQ0gEeEs81pKF_cz3YozkTlIwZyfBw7JbVE0ibPi8an-E0lzuhxwVbqsaqc9u_RUIk/s320/3.jpg" width="228" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As primeiras calças desenhadas para o sexo feminino surgiram em 1909, quando o francês Paul Poiret, desenhou as jupe-coulottes </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;">(saia-calção) </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">precursoras das calças femininas. A nova peça de roupa desencadeou severas criticas por todo o mundo ocidental. Uns indignavam-se pela forma como o tecido aderia ao corpo da mulher, outros diziam que tornava demasiado visíveis as formas femininas e outros ainda defendiam que era um autêntico atentado ao decoro. Em diferentes jornais de 1911, saíram as seguintes notícias: LISBOA - <i>apareceram ontem à tarde nas ruas mais frequentadas da capital, muitas senhoras trajando a nova moda de saia-calção. Por toda a parte essas senhoras foram vitimas de troças, as quais degeneraram em tremenda vaia. As senhoras de saia-calção foram obrigadas a refugiar-se em casas de amigas; ROMA - o Telegraph de Turim diz que uma senhorita que tentou sair a passeio vestida de jupe-coulotte, o novo traje que aqui denominam também de harém, foi corrida por muitos populares, que a vaiaram e perseguiram, injuriando-a. A malfadada foi obrigada a refugiar-se numa casa de família, de onde mandou buscar ao seu domicilio os trajes usuais; NOVA IORQUE - Nas avenidas Quinta e Broadway apareceram ontem diversas mulheres modelos vestindo jupe-coulottes. Os transeuntes acolheram-nas com pouca curiosidade.</i> </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A indignação popular foi de tal ordem que até as lojas que exibiam nos seus manequins a nova peça de roupa, eram alvo de ruidosas manifestações.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Coco Chanel foi a grande responsável pela introdução das calças na indumentária feminina. Criadora de um estilo de moda muito próprio e arrojado para a época, libertou a moda feminina de muitos preconceitos e limitações. </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A primeira mulher a usar publica e orgulhosamente um par de calças clássicas foi a actriz Marlene Dietrich nos anos 30 do século passado, numa cena do filme <i>Morroco, </i>onde contracena com Gary Cooper. A pouco e pouco a mentalidade foi mudando e as calças foram ganhando o seu terreno na moda feminina, chegando mesmo a servir de tema para pequenas anedotas como a que foi publicada numa Revista de moda e que descreve uma conversa entre dois homens: </span><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOQUaAojgrfeYtmGEm0b1my00PwF3oR98Gfmh2shw8E8otdkwFH59hY40v9Ih9U-JogItYsGZBv6O7ogz2gN43LjECWj1Hliynn_bsS9YiQrGK0lQqRJBRU9SaFyiAVoEM4SKykkq925Q/s1600/8.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOQUaAojgrfeYtmGEm0b1my00PwF3oR98Gfmh2shw8E8otdkwFH59hY40v9Ih9U-JogItYsGZBv6O7ogz2gN43LjECWj1Hliynn_bsS9YiQrGK0lQqRJBRU9SaFyiAVoEM4SKykkq925Q/s1600/8.jpg" /></a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- M<i>as então quem é que manda? Quem usa calças em tua casa não és tu? </i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>- Qual meu amigo! Hoje todos usam calças...até a minha sogra!</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Durante a Segunda Guerra Mundial, as mulheres realizaram muitos trabalhos até então desenvolvidos pelos homens, onde o uniforme de trabalho eram as calças, tendo-se assim vulgarizado o seu uso pelo sexo feminino. As calças passaram a poder a ser utilizadas livremente e sem receio pelas mulheres, fazendo parte do seu quotidiano. Para trabalho ou para lazer, como traje de cerimónia ou de passeio, o pedaço de tecido que recobre as pernas deixou de ser de uso exclusivo dos homens e passou a ser de uso universal. De boca de sino, de cinta subida ou descida, elásticas, de ganga ou de tecido, com pregas ou sem elas, é vê-las nas pernas de toda a gente. Já ninguém se lembra quando veste umas calças, por todos os insultos e perseguições por que passaram todas aquelas mulheres que lutaram contra os preconceitos e as imposições religiosas do inicio do século XX. O simples acto de vestir umas calças serve de homenagem a todas elas, e um incentivo a todas aquelas que ainda hoje em pleno século XXI se vêm impedidas de vestirem livremente aquilo que querem e de que gostam. É inadmissível que alguém, homem ou mulher, seja preso e sujeito a dez chicotadas por vestir uma peça de roupa, como sucedeu a uma jornalista sudanesa apenas por estar de calças. A liberdade é um direito inalienável e não pode haver politica, religião ou crenças e preconceitos absurdos, que impeçam cada um de exercer o seu direito de viver livremente e de se expressar quer por palavras, quer por acções ou simplesmente pela forma de vestir. </span><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Que
nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria
substância </i><span style="font-size: x-small;">(Simone de Beauvoir)</span><i>.</i></span></span></div>
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