Quando falamos em gravata, o
nosso cérebro leva-nos rapidamente a pensar em etiqueta, formalidade, aperto,
nó...De facto a gravata é visto como um acessório de vestuário, que a maioria
dos homens e também algumas mulheres, usam diariamente. Uns usam-na por
obrigação, por fazer parte do seu traje de trabalho, outros gostam de a usar e
outros há que a detestam. Gostando ou não gostando, a gravata assumiu-se e faz
parte das peças que estão guardadas no armário da roupa da maioria das pessoas.
De tal forma ganhou importância que até foram desenvolvidas cruzetas especiais
só para pendurar gravatas! Se é um facto que toda a gente a conhece, poucos são
aqueles que sabem a sua história. Como é que um pedaço de tecido, fino, de
cores diversas, sem aparente utilidade, se tornou numa peça de uso quase
obrigatório? E mais do que isso, como se tornou esta tira de
fabrico sintético, a ser símbolo de etiqueta e de formalidade?
Se pesquisarmos a palavra gravata
na enciclopédia ou num dicionário da língua portuguesa, não conseguimos ficar
muito mais elucidados. Gravata é uma tira de tecido que se passa à
volta do pescoço, geralmente sob o colarinho da camisa, e que se ata em nó ou
laço à frente (Dicionário Priberam da Língua Portuguesa). No
mínimo é estranho, que uma tira com um nó ou laço na frente tenha tido tanta
popularidade, mesmo que muitas vezes obrigatória.

No antigo Egipto, foram
descobertas múmias que possuíam junto ao pescoço objectos feitos de
ouro ou de cerâmica, muito semelhantes às actuais gravatas: tinham a forma
de cordão que terminava num nó. Eram usados como amuletos e conhecidos pelo
nome de Sangue de Ísis que tinha como função proteger os
mortos dos perigos da eternidade. Também o exército chinês do Imperador
Qin Shihuang, que foi o primeiro Imperador da China Unificada e que iniciou a
grandiosa construção da Muralha da China, usava à volta do pescoço um tipo de
cachecol com um nó como símbolo de prestígio e de status, por pertencerem à
força militar do Imperador. Quando o seu túmulo foi aberto em 1974, as estátuas
do famoso exército de terracota que foi construído como réplica exacta do seu
exército, apresentavam todas elas panos com um nó à volta do pescoço. Também os
romanos utilizavam o chamado focale que mais não era do que
uma faixa de pano que os soldados romanos utilizavam para proteger o pescoço da
armadura e do frio, que era feito em lã ou linho. O Imperador Trajano
mandou erigir no ano 113 dC, uma fabulosa coluna, a chamada Coluna de
Trajano, onde estão representados milhares de soldados muitos deles com
o focale ao pescoço.
Em 1660 Carlos II de Inglaterra,
regressou ao seu país para reclamar o trono, e com ele foram
vários aristocratas ingleses que já tendo adquirido uso da cravat em
França, iniciaram a moda nas ilhas britânicas.
O seu uso popularizou-se
rapidamente pelos restantes países europeus e posteriormente pelo continente
Americano.
Curiosamente o exército francês manteve até
1789, altura da Revolução Francesa, um regimento de elite a que chamava Cravate
Royale. A palavra portuguesa gravata deriva da francesa cravate,
que originalmente significa croata (cravat).

E de todas as vezes que aqui chego, aprendo!
ResponderEliminarObrigada!
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